A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) DE SANTA ROSA – RS: REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-120Keywords:
Efetivação de Direitos, Saúde Mental, Relações SociaisAbstract
O conceito de saúde mental ampliou muito nas últimas décadas, assim como políticas públicas direcionadas ao atendimento de pacientes com transtornos mentais. Legislações, normativas e serviços se desenvolveram e fortaleceram o atendimento às pessoas com sofrimento mental em nível mundial, nacional e local. Em 2011, a partir de uma portaria nacional, foi instituída a RAPS – Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste contexto, realizou-se uma pesquisa com o objetivo central de compreender o processo de estruturação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Santa Rosa/RS, através de um estudo de caso, com a utilização de diferentes fontes de dados, como análise de documentos, observação e relatos de experiência profissional. Através de abordagem qualitativa, trabalhou-se as informações obtidas no sentido de caracterizar os processos e os atores envolvidos, refletindo e construindo inferências. Identificou-se que a Rede implantada em Santa Rosa significou a ampliação dos serviços; melhorou a integração intersetorial centrada na necessidade dos usuários; e sinaliza uma melhoria significativa na qualidade do cuidado em saúde mental. Entende-se que ainda se faz necessário fortalecer a estruturação da rede; ampliar o processo de integração das políticas intersetoriais; e garantir a todos os cidadãos o acesso e a qualidade do atendimento em saúde mental. Se trata de uma caminhada que demanda cuidados permanentes e ações constantes do poder público e da população para garantir direitos e efetivar cidadania.