NEOLIBERALISMO E FORMAÇÃO DOCENTE: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO EM GEOGRAFIA

Resumo

Este texto resulta de uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, bem como, de uma consulta aos documentos oficiais que norteiam a formação docente, no Brasil. Têm-se como objetivo principal analisar as implicações das medidas neoliberais nas políticas de formação docente, em geral, e na formação docente em Geografia, em particular, enfocando os avanços e/ou recuos para a formação na perspectiva crítica. O debate está fundamentado em autores que tratam sobre a temática, como: Brzezinski (2010), Callai; Cavalcanti (2023), Cavalcanti (2019), Gentili (1996), Oliveira Negrão (2004) e Shiroma (2018). Quanto aos documentos oficiais, foram objetos de consulta os que tratam sobre a formação docente no Brasil: as Resoluções CNE/CP nº 1 de 2002, CNE/CP n° 2 de 2015, CNE/CP n° 2 de 2019 e CNE/CP nº 4 de 2024 a fim de ilustrar as intervenções de políticas neoliberais no campo educacional brasileiro. Os resultados evidenciaram um redirecionamento nas políticas educacionais e, consequentemente, nas políticas de formação docente. Especificamente, nos cursos de graduação de Geografia há uma tendência à formação aligeirada, materializadas pelas matrículas em instituições privadas de ensino na modalidade à distância. Têm-se um sistema educacional fundamentado na pedagogia das competências, que segue a lógica mercadológica de viés tecnicista e utilitarista voltados a atender às demandas do mercado de trabalho.