ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DE ZIKA E CHIKUNGUNYA NO CENTRO- OESTE E EM ITUMBIARA-GO, BRASIL, DE 2018 A 2024

Autores

  • Maria Luiza Ferreira da Costa Autor
  • Izabel Cristina Rodrigues da Silva Autor
  • João Paulo Martins do Carmo Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n12-202

Palavras-chave:

Zika Virus, Chikungunya, Segurança Hídrica, Microplásticos

Resumo

Objetivo: Quantificar os casos notificados de Zika e de Chikungunya na região Centro- Oeste e em Itumbiara-GO, bem como comparar o perfil epidemiológico dessas arboviroses no recorte regional e municipal. Método: Estudo transversal e explicativo, com dados secundários do SINAN/DATASUS referentes ao período de 2018 a 2024. Avaliou-se a incidência das duas infecções no Centro-Oeste e em Itumbiara e sua possível relação com aumento dos casos de dengue nos últimos anos, além da associação com malformações congênitas. Resultados e Discussão: Tanto no Centro-Oeste quanto em Itumbiara, o perfil de acometimento de Zika concentrou-se em mulheres, especialmente gestantes de 20 a 39 anos. No município, pessoas brancas foram mais notificadas; na região, pessoas negras. A evolução clínica majoritária foi para cura. Para Chikungunya, o padrão epidemiológico foi semelhante, diferenciando-se principalmente no critério raça/cor: pessoas negras foram maioria tanto no Centro-Oeste quanto no município. Observou-se interferência da pandemia da COVID-19 na distribuição temporal dos dados com subnotificação seguida de forte incremento dos casos no pós-pandemia – cenário que também dialoga com a crescente produção e exposição a microplásticos, capazes de favorecer a proliferação vetorial. O maior acometimento de gestantes por Zika manteve relação com maior risco de malformações congênita. Conclusões: As arboviroses seguem como relevante problema de saúde pública no Brasil, com tendência crescente de casos. O aumento relaciona-se, sobretudo, à redução das ações preventivas de combate ao vetor, principal estratégia de controle disponível. Medidas como eliminação de criadouros, manejo adequado de resíduos e redução do consumo de plásticos, além de repelentes, mosquiteiros e prevenção de água parada, permanecem essenciais.

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Publicado

2025-12-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

DA COSTA, Maria Luiza Ferreira; DA SILVA, Izabel Cristina Rodrigues; DO CARMO, João Paulo Martins. ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DE ZIKA E CHIKUNGUNYA NO CENTRO- OESTE E EM ITUMBIARA-GO, BRASIL, DE 2018 A 2024. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 12, p. e11235, 2025. DOI: 10.56238/arev7n12-202. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/11235. Acesso em: 28 dez. 2025.