AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO: EVIDÊNCIAS DE UM ESTUDO QUASE-EXPERIMENTAL EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-093Palavras-chave:
Autorregulação da Aprendizagem, Ensino Médio, Educação Física, Intervenção PedagógicaResumo
Este estudo investigou os efeitos de uma intervenção pedagógica estruturada nas aulas de Educação Física sobre os níveis de autorregulação da aprendizagem de estudantes do Ensino Médio. Partindo da lacuna existente em pesquisas que articulam práticas corporais e processos autorregulatórios em contextos escolares, adotou-se um delineamento quase-experimental, composto por um grupo controle e um grupo experimental não aleatorizados. Participaram 244 estudantes, distribuídos conforme as turmas previamente existentes na instituição. A intervenção, desenvolvida ao longo de quinze aulas, foi planejada para estimular componentes relacionados ao planejamento, monitoramento e autorreflexão, conforme modelos contemporâneos de autorregulação. O construto foi mensurado por meio do Inventário de Processos de Autorregulação da Aprendizagem (IPAA), aplicado em momentos pré e pós-intervenção. As análises incluíram estatísticas descritivas, teste t para medidas repetidas, correlações de Pearson e regressões lineares. Os resultados apontaram padrões distintos entre os grupos, sugerindo que determinadas dimensões motivacionais se associaram de forma significativa à autorregulação no grupo experimental, embora o delineamento utilizado imponha cautela na interpretação de efeitos causais. As implicações dos achados são discutidas à luz das bases teóricas da autorregulação, destacando-se a pertinência de intervenções que integrem atividades corporais, reflexão orientada e oportunidades de engajamento ativo. O estudo contribui para o debate sobre práticas pedagógicas em Educação Física e para a compreensão dos vínculos entre experiências corporais e processos autorregulatórios na educação básica.
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