A INFLUÊNCIA DA AVOSIDADE NA SATISFAÇÃO COM A VIDA E NAS ATITUDES EM RELAÇÃO À VELHICE EM IDOSOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA PELA COVID-19

Abstract

Este estudo teve por objetivo analisar a influência da avosidade na satisfação com a vida e nas atitudes em relação à velhice em idosos não institucionalizados no contexto da pandemia pela COVID-19. Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa realizado com idosos do Brasil. Foram utilizados três instrumentos: questionário sociodemográfico, Escala de Satisfação com a Vida e Escala para Avaliação de Atitudes em Relação à Velhice. Foram obtidas 200 respostas de idosos aos questionários. A maioria tinha 60-69 anos, era do sexo feminino e com ensino superior completo. A maioria relatou ter 1 a 2 netos e estar satisfeita com a vida. No que se refere à satisfação com a vida, os idosos que não reduziram o contato com os netos durante a pandemia de COVID-19 tiveram maior escore (p = 0,0440). Em relação às atitudes em relação à velhice, observou-se maior escore nos idosos com ensino superior completo (p = 0,0321), nos que praticam exercícios físicos > 150 min/semana (p = 0,0402), naqueles que convivem por tempo suficiente com os netos (p = 0,0060) e que não reduziram contato com eles durante a pandemia de COVID-19 (p = 0,0070). Evidenciou-se diversos fatores associados à avosidade com a satisfação com a vida e as atitudes em relação à velhice. Há uma nítida influência que auxilia no incentivo ao envelhecimento ativo e ao estabelecimento de vínculos emocionais e afetivos protetores nas pessoas idosas.