AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA EM PACIENTES COM HIV EM TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-257Palavras-chave:
HIV, TARV, Elevação de Enzimas Hepáticas, HepatotoxicidadeResumo
Apesar dos avanços no tratamento antirretroviral (TARV), o HIV continua sendo uma das principais causas de morte em alguns países em desenvolvimento. Pacientes com HIV apresentam risco de alterações bioquímicas, incluindo elevação das enzimas hepáticas, comum entre usuários de TARV. Foi feito um estudo descritivo retrospectivo envolvendo pacientes com HIV em uso de TARV (2019–2025) no HDT-TO. Foram analisadas variáveis como sexo, idade, período de internação, esquema de TARV, enzimas hepáticas, doenças associadas e motivos de internação. Foram analisadas 321 internações de 120 pacientes, com predominância masculina (75,4%) e idade entre 20–39 anos (39,2%), principalmente de Araguaína-TO (54,2%). O esquema mais prescrito foi TDF + 3TC + DTG (54,3%). Alterações no TARV ocorreram em 5,5% devido à hepatotoxicidade, lesão renal, anemia ou falha terapêutica. Elevação de TGO ocorreu em 58% e de TGP em 35%. As principais complicações hepáticas incluíram esteatose, hepatite viral e cirrose. Entre os motivos de internação, destacaram-se leishmaniose visceral, neurotoxoplasmose e pneumocistose. Etilismo, antibióticos, antifúngicos e inibidores de protease (atazanavir e ritonavir) aumentaram o risco de hepatotoxicidade. Hipoalbuminemia triplicou o risco de complicações hepáticas graves.Os resultados reforçam a importância do monitoramento hepático em pacientes com HIV, principalmente aqueles com fatores de risco, e a necessidade de rastreio para hepatites virais e doenças oportunistas.
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