EDUCAÇÃO ALIMENTAR COMO INSTRUMENTO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA: UMA ABORDAGEM VOLTADA À TERCEIRA IDADE
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n52-086Palavras-chave:
Educação Alimentar, Terceira Idade, Prevenção, Saúde Pública, Qualidade de VidaResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a educação alimentar como instrumento de prevenção em saúde pública voltado à terceira idade, destacando sua relevância para a promoção da autonomia, da qualidade de vida e da redução de riscos associados às doenças crônicas não transmissíveis. A pesquisa fundamenta-se em revisão bibliográfica de estudos científicos e documentos institucionais que discutem práticas educativas aplicadas ao público idoso, identificando estratégias pedagógicas, enfrentamentos e resultados observados em contextos de atenção primária e comunitária. Observou-se que ações baseadas em metodologias participativas como oficinas culinárias, dinâmicas de grupo e atividades intergeracionais apresentam maior potencial de adesão e de mudança comportamental quando articuladas a políticas públicas e a práticas de acompanhamento contínuo. Além disso, o estudo evidencia que a adequação dos materiais didáticos, a valorização da cultura alimentar e a integração multiprofissional são fatores determinantes para a efetividade das intervenções. A justificativa para esta investigação reside no rápido envelhecimento da população brasileira, que demanda estratégias de promoção da saúde sustentáveis, inclusivas e economicamente viáveis, capazes de prevenir agravos e fortalecer a autonomia da pessoa idosa. Conclui-se que programas de educação alimentar inseridos na atenção primária, apoiados por políticas intersetoriais e conduzidos com abordagem humanizada, configuram-se como ferramentas essenciais para a prevenção e o cuidado integral do idoso no contexto da saúde pública.
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