EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA PROFISSIONAIS NA ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO EM COMUNIDADES VULNERÁVEIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n52-008Palavras-chave:
Educação Permanente em Saúde, Assistência Integral ao Adulto, Comunidades VulneráveisResumo
INTRODUÇÃO: A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma política estratégica do Sistema Único de Saúde (SUS), voltada à transformação das práticas de cuidado e organização do processo de trabalho. Em comunidades vulneráveis, sua importância é ampliada, pois contribui para reduzir desigualdades, fortalecer vínculos entre equipe e usuários e assegurar a integralidade da assistência ao adulto. OBJETIVO: Reunir, analisar e discutir produções científicas acerca da EPS como estratégia voltada para profissionais na assistência integral à saúde do adulto em comunidades vulneráveis. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, conduzida em bases científicas nacionais e internacionais, além de documentos institucionais e políticas públicas relacionadas à temática. Foram incluídas publicações entre 2018 e 2025, em português, inglês e espanhol, que abordassem o tema. O processo de análise foi descritivo e interpretativo, organizado em eixos temáticos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos apontaram que a EPS vai além da capacitação técnica, constituindo-se em processo crítico-reflexivo capaz de promover mudanças estruturais no cuidado. Evidenciou-se que oficinas, grupos de discussão e tecnologias educacionais, como podcasts e vídeos, ampliam a disseminação de saberes e fortalecem a prática profissional. A gestão participativa foi identificada como elemento-chave para potencializar os efeitos, ao lado do reconhecimento e valorização dos trabalhadores. Entretanto, desafios persistem, como sobrecarga laboral, insuficiência de recursos e resistência institucional, que dificultam a consolidação da EPS como prática contínua. CONCLUSÃO: A revisão evidenciou que a Educação Permanente em Saúde é essencial para fortalecer a assistência integral ao adulto em comunidades vulneráveis. Ao integrar gestão participativa, metodologias ativas e inovação tecnológica, a EPS contribui para a equidade, a humanização e a efetividade das ações no SUS, configurando-se como um pilar estratégico para a consolidação da saúde coletiva no século XXI.
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