BRINCAR E APRENDER: A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n50-006Palavras-chave:
Ludicidade, Brincar, Infância, Aprendizagem, Educação InfantilResumo
O presente artigo teve como objetivo analisar o papel da ludicidade como estratégia pedagógica intencional no contexto da Educação Infantil, investigando suas implicações para o desenvolvimento integral da criança. A temática partiu do reconhecimento do brincar como um elemento essencial da infância, com função formativa que extrapola o campo do entretenimento, sendo capaz de mobilizar aprendizagens cognitivas, afetivas, sociais e motoras. A pesquisa, de natureza bibliográfica, baseou-se na análise de produções científicas recentes, extraídas de repositórios acadêmicos como Scielo e Google Scholar, com foco em autores que discutem a relação entre ludicidade, planejamento docente e formação infantil. A partir da sistematização teórica, constatou-se que, embora o discurso educacional reconheça a relevância do lúdico, sua efetivação enfrenta entraves como a rigidez curricular, a ausência de planejamento intencional e a carência de formação continuada. Identificou-se também que o brincar planejado, quando mediado de forma sensível pelo educador, favorece o desenvolvimento da linguagem, da autonomia e da capacidade de cooperação, além de funcionar como mecanismo de elaboração simbólica de experiências. As análises indicaram que a ludicidade deve ser compreendida como uma linguagem própria da infância e, por isso, precisa ser incorporada ao projeto político-pedagógico das instituições. Concluiu-se, assim, que a valorização do lúdico exige investimento na qualificação docente e na revisão das práticas escolares que ainda desconsideram as especificidades do desenvolvimento infantil.