ENTRE A INFÂNCIA E A PSICOPATIA: DESVENDANDO O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL EM JOVENS – UMA REVISAO SISTEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n49-028Palavras-chave:
Transtorno de Personalidade Antissocial, Comorbidades, Manifestações clínicas, Crianças, AdolescentesResumo
Objetivo: Este estudo busca examinar a literatura científica referente ao Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS) em crianças e adolescentes. O foco está na identificação dos principais sinais clínicos da condição e nas doenças associadas que frequentemente acompanham esse transtorno. Metodologia: A pesquisa foi conduzida a partir de consultas na base de dados PubMed Central (PMC). Para a seleção dos artigos, foram utilizados três termos-chave combinados pelo operador booleano "AND": manifestações clínicas, transtorno de personalidade antissocial, criança, transtorno de conduta e pediatria, transtornos mentais. Inicialmente, foram encontrados 371 estudos, que passaram por um processo de triagem com base em critérios pré-estabelecidos, resultando na seleção final de 17 artigos. Resultados: O TPAS em indivíduos jovens manifesta-se por padrões persistentes de comportamento que desrespeitam normas sociais e os direitos de terceiros, incluindo atitudes agressivas, danos a bens materiais e manipulação interpessoal. Entre as condições frequentemente associadas, destacam-se o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o Transtorno de Conduta e a redução do volume de substância cinzenta em áreas cerebrais como a amígdala e estruturas límbicas. Outros fatores que elevam o risco incluem exposição prolongada a ambientes violentos, histórico de abuso e negligência infantil, bem como lesões ou alterações no funcionamento do sistema nervoso central. Conclusão: O TPAS possui diversas comorbidades que podem agravar comportamentos problemáticos e dificultar estratégias eficazes de intervenção. O reconhecimento precoce do transtorno e abordagens multifacetadas são fundamentais para minimizar o desenvolvimento de condutas antissociais e favorecer um crescimento emocional e social saudável. Políticas públicas voltadas à saúde mental infantil e campanhas de conscientização desempenham um papel essencial na redução do estigma em torno dos transtornos psiquiátricos e no incentivo à busca por apoio especializado.