CÂNCER DE BEXIGA: MÉTODOS DIAGNÓSTICOS E CRITÉRIOS ATUAIS

Resumo

O câncer de bexiga é a neoplasia maligna mais comum do trato geniturinário, apresentando desafios diagnósticos significativos devido à heterogeneidade clínica e às limitações dos métodos convencionais. O padrão-ouro atual, que combina cistoscopia e citologia urinária, é invasivo e possui baixa sensibilidade para tumores de baixo grau e lesões planas. Esta revisão narrativa da literatura analisa as estratégias diagnósticas contemporâneas e os avanços tecnológicos na área. Os resultados indicam que técnicas de imagem aprimoradas, como a cistoscopia de luz azul, o Narrow-Band Imaging (NBI) e o uso do sistema VI-RADS em ressonância magnética, aumentam a acurácia na detecção e estadiamento tumoral. Além disso, o desenvolvimento de biópsias líquidas não invasivas, através da análise de DNA tumoral circulante (ctDNA) no sangue e de mutações genéticas (como TERT e FGFR3) na urina, demonstra grande promessa para o diagnóstico precoce e monitoramento de recidivas. A aplicação da nanotecnologia e o reconhecimento de variantes histológicas agressivas também emergem como fatores cruciais para o prognóstico e manejo clínico.