ENSINO EM SAÚDE E OS DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS CRÍTICOS, HUMANIZADOS E SOCIALMENTE COMPROMETIDOS

Resumo

O estudo teve como objetivo analisar os desafios do ensino em saúde na formação de profissionais críticos, humanizados e socialmente comprometidos, considerando as dimensões pedagógicas, éticas e sociais que permeiam esse processo. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, com abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, realizada entre janeiro e outubro de 2025, a partir de publicações em português, inglês e espanhol. As buscas foram conduzidas nas bases SciELO, PubMed, LILACS, Web of Science e Google Acadêmico. Foram incluídos artigos originais, revisões teóricas, estudos de caso e relatos de experiência relacionados à formação crítica, humanização do cuidado, ética e integração ensino-serviço-comunidade. A análise foi estruturada em cinco eixos temáticos que abordaram metodologias pedagógicas, educação permanente, saúde mental discente, interprofissionalidade e desafios ético-políticos. Os resultados demonstraram que, embora as políticas de reorientação da formação em saúde tenham avançado, persistem lacunas estruturais e pedagógicas que dificultam a consolidação de um ensino transformador. Evidenciou-se a importância da interdisciplinaridade e da pedagogia freireana como estratégias para o desenvolvimento de competências críticas, reflexivas e éticas, fundamentais à prática humanizada. A educação permanente em saúde emergiu como ferramenta indispensável para o aprimoramento profissional contínuo e fortalecimento do compromisso social. Constatou-se ainda que o protagonismo discente, o diálogo e a integração ensino-serviço são essenciais para consolidar o aprendizado significativo e ético. Conclui-se que a formação de profissionais de saúde deve ultrapassar o tecnicismo e incorporar dimensões humanas, sociais e políticas do cuidado, promovendo uma educação emancipadora alinhada aos princípios do Sistema Único de Saúde e à transformação social.