HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR INCISIVO ASSOCIADA À FISSURA LABIOPALATINA: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E PERSPECTIVAS DE MANEJO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-178Palavras-chave:
Hipomineralização Molar, Fenda Labial, Fissura Palatina, Reabilitação Bucal, OdontopediatriaResumo
As fissuras labiopalatinas são defeitos congênitos comuns, afetando cerca de uma em cada 650 crianças nascidas vivas no Brasil. Paralelamente, a hipomineralização molar incisivo (HMI) é um defeito que se manifesta como opacidades demarcadas que afetam frequentemente o esmalte dentário de primeiros molares e incisivos permanentes. Em pacientes com fissura labiopalatina, fatores como cirurgias de enxerto ósseo podem contribuir para HMI, que apresenta uma prevalência significativamente elevada nesse grupo. Objetivou-se revisar a literatura sobre a hipomineralização molar incisivo em pacientes com fissura labiopalatina, analisando sua prevalência comparado à indivíduos sem fissura, fatores de risco, implicações clínicas, desafios no manejo e tratamento da condição. Para tanto, a revisão analisou publicações em bases de dados como PubMed/Medline, Scielo e Scopus, utilizando termos: HMI; Odontopediatria; hipomineralização; fissura labiopalatina; tratamento odontológico; reabilitação; e prevenção. Observou-se na primeira etapa, 7 estudos que relacionaram a HMI à fissura labiopalatina, apontando maior prevalência em casos mais complexos, sem abordar manejo clínico. Na segunda, 9 estudos de alta evidência sobre prevenção e tratamento da HMI na população geral foram incluídos, com protocolos passíveis de adaptação a pacientes com fissura. Conclui-se que a HMI é mais prevalente em pacientes com fissura labiopalatina, sobretudo nos casos com envolvimento do palato e fissuras bilaterais. Essa condição compromete função, estética e qualidade de vida, demandando manejo individualizado com estratégias preventivas, controle da sensibilidade e restaurações adequadas.