BIOMEDICINA ESTÉTICA E QUALIDADE DE VIDA: INTERFACES PSICOFISIOLÓGICAS ENTRE CIÊNCIA, IMAGEM PESSOAL E BEM-ESTAR
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-115Palavras-chave:
Biomedicina Estética, Qualidade de Vida, Psicofisiologia, Autoestima, Bem-EstarResumo
A Biomedicina Estética tem ocupado um espaço relevante entre a ciência e o cuidado pessoal. Mais do que um conjunto de técnicas, ela representa um campo de reencontro entre corpo, mente e identidade. Em tempos de pressa e pressão estética, há quem busque na intervenção estética algo maior: um respiro, um sentido de equilíbrio, entre a ciência e o ser humano. Este estudo procurou compreender, por meio da literatura científica, de que forma as intervenções biomédicas estéticas interferem nas respostas psicofisiológicas e repercutem na percepção de bem-estar. Optou-se por uma revisão integrativa inspirada no modelo de Whittemore e Knafl (2005), analisando-se publicações em português e inglês dos anos de 2015 a 2025, obtidas nas bases PubMed, SciELO, LILACS e ScienceDirect. As evidências encontradas indicam que técnicas como fotobiomodulação, microagulhamento e bioestimulação do colágeno vão além dos resultados visuais, ocorrendo redução do cortisol, estímulo à liberação de endorfinas e melhora da autoestima. Essas reações sugerem que a estética, quando orientada pela ética e pela ciência, contribui para a promoção da saúde e equilíbrio psicofisiológico. Conclui-se que a Biomedicina Estética atua como elo entre o biológico e o subjetivo. Ao associar rigor técnico, sensibilidade e propósito, ela amplia o conceito de cuidado humano e reafirma que Qualidade de Vida (QV), também se constrói no espelho — mas começa dentro de cada indivíduo.
Downloads
Referências
BAROLET, D.; CHRISTIAENS, F.; HAMBLIN, M. R. Light-emitting diode phototherapy for non-invasive skin rejuvenation. Lasers in Surgery and Medicine, v. 48, n. 3, p. 207–214, 2016.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA (CFBM). Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014. Brasília: CFBM, 2014.
FABBROCINI, G. et al. Microneedling in clinical practice: evidence and experience. Dermatologic Therapy, v. 32, n. 3, e12876, 2019.
KIM, J. E. et al. Psychological effects of cosmetic interventions: neurobiological mechanisms and hormonal correlates. Aesthetic Plastic Surgery, v. 46, n. 4, p. 1714–1723, 2022.
LEMPERLE, G.; RULLAN, P. P.; GAUTHIER-HAZAN, N. Avoiding and treating dermal filler complications. Aesthetic Plastic Surgery, v. 44, n. 6, p. 1956–1970, 2020.
MENDONÇA, R. A.; FERREIRA, M. P. Ética e responsabilidade na Biomedicina Estética. Revista de Ciências da Saúde, v. 12, n. 4, p. 301–309, 2020.
ROSSI, A. B. et al. Psychodermatology: current perspectives. Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology, v. 14, p. 991–1004, 2021.
SARWER, D. B. et al. Psychological aspects of cosmetic medical treatments. Psychology, Health & Medicine, v. 26, n. 7, p. 819–834, 2021.
SILVA, G. M.; ANDRADE, A. L. Humanização e integridade no cuidado estético: desafios contemporâneos da Biomedicina. Revista Brasileira de Bioética e Saúde, v. 19, n. 1, p. 1–12, 2023.
SOUZA, L. F. M. et al. Intervenções estéticas e bem-estar feminino: uma análise biopsicossocial. Revista Brasileira de Estética Biomédica, v. 11, n. 2, p. 45–58, 2022.
WHITTEMORE, R.; KNAFL, K. The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing, v. 52, n. 5, p. 546–553, 2005. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). WHOQOL: Measuring Quality of Life. Geneva: WHO, 1995.
ZOUBOULIS, C. C.; HOENIG, L. Pathophysiology of skin aging: the role of oxidative stress. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, v. 33, n. 5, p. 925–931, 2019.