Obesidade infantil e intervenções preventivas: Análise de estratégias de prevenção e manejo da obesidade infantil

Resumen

Introdução: A obesidade infantil é uma preocupação crescente de saúde pública em todo o mundo, associada a um aumento do risco de doenças crônicas e problemas psicossociais. Intervenções eficazes para prevenir e manejar a obesidade infantil são essenciais para melhorar a saúde e o bem-estar das crianças a longo prazo. Este estudo revisa as estratégias preventivas e de manejo da obesidade infantil, com foco em intervenções educativas, programas de atividade física, abordagens personalizadas e comunitárias, e políticas públicas. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica publicada entre 2020 e 2024, utilizando as bases de dados PubMed e MEDLINE. Foram incluídos estudos originais, revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos de coorte que abordaram intervenções para prevenção e tratamento da obesidade infantil. A seleção dos artigos baseou-se em critérios de inclusão que consideraram a relevância, a qualidade metodológica e o impacto das estratégias de intervenção analisadas. Resultados: Os resultados indicam que intervenções educativas, especialmente aquelas implementadas em ambientes escolares, demonstraram eficácia significativa na redução do índice de massa corporal (IMC) infantil. Programas de atividade física, combinados com redução do tempo de tela, também mostraram benefícios claros na redução do IMC e do percentual de gordura corporal. Abordagens personalizadas, adaptadas às necessidades específicas de cada criança, e estratégias comunitárias demonstraram maior eficácia comparadas a estratégias generalizadas. Políticas públicas, como a imposição de impostos sobre bebidas açucaradas e a regulamentação para a promoção de alimentos saudáveis, foram eficazes quando combinadas com programas educacionais e campanhas de conscientização pública. No entanto, desafios como desigualdades socioeconômicas, acesso limitado a alimentos saudáveis e resistência cultural a mudanças dietéticas limitaram a eficácia de algumas intervenções. Conclusão: Uma abordagem integrada e multifacetada é crucial para prevenir e manejar a obesidade infantil de forma eficaz. Estratégias combinando intervenções educativas, programas de atividade física, abordagens personalizadas, políticas públicas e apoio comunitário são essenciais para alcançar melhores resultados. A colaboração intersetorial e a adaptação das intervenções ao contexto local são fundamentais para superar os desafios e garantir um impacto sustentável na saúde infantil.