Nfts como estratégia de engajamento e monetização para influenciadores digitais: Panorama global e perspectivas futuras

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar o uso dos tokens não fungíveis (NFTs) como estratégias de engajamento e monetização aplicadas por influenciadores digitais, considerando sua função simbólica, emocional e econômica no ambiente virtual. A pesquisa foi conduzida por meio de revisão bibliográfica qualitativa, com recorte temporal entre 2022 e 2024, enfatizando os últimos cinco anos, nos quais o uso de NFTs se consolidou como prática recorrente na economia criativa e na cultura das redes. Os resultados revelam que os NFTs funcionam como extensões simbólicas da marca pessoal dos influenciadores, atuando tanto na criação de vínculos afetivos com o público quanto na construção de novas formas de receita baseadas na escassez, originalidade e exclusividade dos ativos digitais. Observou-se que os influenciadores que integram os NFTs em suas estratégias narrativas são capazes de transformar simples produtos digitais em artefatos carregados de valor afetivo e identitário, reforçando o pertencimento de seus seguidores a comunidades exclusivas. Além disso, a utilização de contratos inteligentes permite ganhos recorrentes por meio de royalties, enquanto o engajamento emocional promove fidelização, sentimento de prestígio e participação ativa do público. A monetização direta via NFTs também contribui para a autonomia financeira dos criadores, rompendo com os modelos tradicionais baseados em publicidade e algoritmos de visibilidade, ao mesmo tempo em que potencializa a atuação de microinfluenciadores e nichos criativos. A análise indica que a valorização simbólica dos NFTs depende diretamente da consistência entre narrativa, estética, autenticidade e engajamento comunitário, sendo fundamental que os ativos estejam alinhados à identidade e aos valores do influenciador. Conclui-se que os NFTs representam uma inovação significativa na economia dos criadores, transformando as dinâmicas de influência em modelos mais participativos, sustentáveis e emocionalmente conectados, nos quais a audiência não apenas consome, mas investe e participa ativamente da trajetória do criador.