IDADE MATERNA AVANÇADA EM GESTAÇÕES E RISCOS OBSTÉTRICOS E PERINATAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n43-062Keywords:
Cuidado Pré-Natal, Gestantes, EnfermagemAbstract
A gravidez em idade materna avançada (≥35 anos) é um fenômeno crescente, motivado por mudanças sociais, como a busca feminina por estabilidade profissional e emocional. Apesar de trazer benefícios, como maior preparo financeiro, está associada a riscos obstétricos e perinatais. Este estudo objetivou identificar as principais complicações relacionadas a gestações em mulheres acima de 35 anos e destacar cuidados pré-natais para reduzir tais riscos. Realizou-se uma revisão sistemática qualitativa seguindo os critérios PRISMA, analisando 20 artigos publicados entre 2019 e 2024 nas bases Lilacs e Scielo. Os dados destacaram condições como hipertensão gestacional, diabetes mellitus gestacional, pré-eclâmpsia, partos prematuros e altas taxas de cesariana. Neonatalmente, identificaram-se prematuridade, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal. Entre os resultados, a hipertensão gestacional foi prevalente, atingindo cerca de 24% das gestantes, com forte associação a desfechos adversos. Diabetes gestacional, observado em até 25% das mulheres, eleva riscos de macrossomia fetal e complicações neonatais. Partos prematuros, registrados em até 18% dos casos, correlacionam-se a morbidade neonatal elevada, enquanto as taxas de cesáreas excedem 60%. Complicações psicossociais também emergiram, incluindo maior ansiedade e estresse materno. Conclui-se que a gravidez tardia exige um pré-natal intensivo, com monitoramento contínuo de condições de risco e suporte emocional às gestantes. Políticas públicas que ampliem o acesso ao pré-natal especializado e promovam a conscientização sobre os riscos dessa condição são cruciais. A integração de equipes multidisciplinares pode melhorar significativamente os desfechos maternos e neonatais, reduzindo complicações associadas a gestações tardias.