BIOTECNOLOGIA E BIOMATERIAIS EM IMPLANTODONTIA: TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as principais tendências e inovações em biotecnologia e biomateriais aplicados à implantodontia nos últimos dez anos. A pesquisa foi conduzida por meio de revisão bibliográfica qualitativa, com recorte temporal entre 2015 e 2023, abrangendo estudos nacionais e internacionais extraídos de bases científicas como PubMed, Scielo, ScienceDirect e Google Scholar. A fundamentação teórica foi organizada em três eixos temáticos: evolução dos biomateriais utilizados em implantes dentários, inovações biotecnológicas no processo de osseointegração e os desafios e perspectivas futuras da implantodontia. Os resultados indicam que houve um avanço significativo na modificação de superfícies implantáveis com o uso de nanotecnologia, liberação controlada de íons bioativos, aplicação de proteínas morfogenéticas ósseas e incorporação de nanopartículas com ação antimicrobiana. Paralelamente, o uso de tecnologias digitais, como a manufatura aditiva, escaneamento intraoral e cirurgia guiada, ampliou a precisão clínica e a personalização das reabilitações. O estudo também identificou que, embora os novos biomateriais apresentem alto desempenho clínico, ainda enfrentam desafios como custo elevado, limitação de estudos clínicos de longo prazo e necessidade de capacitação profissional contínua. As perspectivas futuras apontam para a consolidação de implantes inteligentes, superfícies funcionalizadas com células-tronco e integração com inteligência artificial para personalização terapêutica. Conclui-se que a biotecnologia e os biomateriais se tornaram pilares estratégicos para a evolução da implantodontia contemporânea, promovendo uma reabilitação oral mais eficiente, segura e adaptada às necessidades individuais dos pacientes.