PERSPECTIVISM AND VEROSIMILANCE IN “GREEN HELL” (2021), BY BRUNO SÉRVULO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n52-025Keywords:
Amazonian Literature, Verisimilitude, Amerindian Perspectivism, Bruno Sérvulo, Contemporary NarrativeAbstract
This article analyzes the short story Inferno Verde (2021), by Bruno Sérvulo, in order to understand how contemporary Amazonian literature articulates realism and mythical imagination through the category of verisimilitude and the Amerindian concept of perspectivism. This qualitative research employed Brazilian critical references to examine narrative construction in terms of space, time, characters, and narrator. The study found that the detailed description of daily practices, such as açaí harvesting, provides an effect of reality and sustains the fictional pact, enabling the acceptance of the unusual. It also revealed that the metamorphosis of the characters into enchanted beings expresses perspectivist logic, in which the forest acts as an active and transformative subject. It is concluded that Sérvulo’s work goes beyond regionalism by proposing new ways of understanding the world, placing diverse epistemologies in dialogue and reaffirming Amazonian literature as a space of critical and cultural elaboration.
Downloads
References
ARISTÓTELES. Poética. Tradução, introdução e notas de Eudoro de Souza. São Paulo: Editora 34, 2004.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARTHES, Roland. O efeito de real. In: ______. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 1984. p. 181-190.
BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2008.
BRANDÃO, Luís Alberto; OLIVEIRA, Silvana. Teoria do texto: leitura e escrita. São Paulo: Ática, 2001.
CANDIDO, Antonio. A literatura e a formação do homem. In: ______. Textos de intervenção. Seleção e introdução de Vinicius Dantas. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2000. p. 79-92.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
HATOUM, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
JURANDIR, Dalcídio. Chove nos campos de Cachoeira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1941.
LIMA, Luiz Costa. A ficção e o poema. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
LIMA, Tânia Stolze. O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia tupi. Mana, v. 2, n. 2, p. 21-47, 1996. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93131996000200002
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Índios livres e índios escravos: os princípios da legislação indigenista do período colonial (séculos XVI a XVIII). In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 115-132.
REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina. Dicionário de narratologia. Coimbra: Almedina, 1988.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
SÉRVULO, Bruno. O peso insustentável da pluma. Macapá: Editora Amapá, 2021.
SOUSA, Inglês de. Contos amazônicos. Belém: Typ. de Tavares Cardoso, 1893.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. In: ______. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2002. p. 345-399.