CAMINHOS PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NAS CRECHES: CONTRIBUIÇÕES DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n52-007Palavras-chave:
Inclusão, Transtorno do Espectro Autista, Atendimento Educacional Especializado, Educação Infantil, CrechesResumo
Este estudo analisa os caminhos para a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas creches, destacando as contribuições do Atendimento Educacional Especializado (AEE) como estratégia de apoio pedagógico e social. O objetivo central foi refletir sobre as possibilidades e os desafios que permeiam o processo inclusivo na educação infantil, reconhecendo a importância do AEE para a construção de práticas educativas mais equitativas. A metodologia adotada foi de caráter qualitativo, baseada em pesquisa bibliográfica com autores nacionais e internacionais, além de legislações e documentos oficiais sobre educação inclusiva. Os resultados apontaram que, embora haja avanços significativos nas políticas públicas e no reconhecimento do direito à inclusão, ainda persistem desafios relacionados à formação docente, à carência de recursos pedagógicos acessíveis e à necessidade de maior articulação entre escola e família. Também se constatou que experiências exitosas revelam o potencial do AEE para favorecer a comunicação, a socialização e a autonomia de crianças com TEA, desde que articulado ao trabalho pedagógico da creche. As considerações finais indicam que a inclusão na educação infantil deve ser entendida como um processo contínuo e coletivo, que demanda sensibilidade, compromisso político e práticas pedagógicas inovadoras. Conclui-se que o fortalecimento do AEE, aliado ao investimento em formação continuada e ao diálogo com as famílias, constitui um caminho fundamental para assegurar a efetiva participação das crianças com TEA nas creches e garantir uma educação de qualidade para todos.
Downloads
Referências
BAPTISTA, C. R. Educação inclusiva e famílias: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2017.
BOOTH, T.; AINSCOW, M. Índice de inclusão: desenvolvendo a aprendizagem e a participação nas escolas. Brasília: MEC/UNESCO, 2011.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. MEC/SEESP, 2008.
CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos is. 8. ed. Porto Alegre: Mediação, 2016.
CUNHA, M. A. Educação infantil e inclusão: práticas de acolhimento de crianças com autismo. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 24, n. 3, p. 357-372, 2018.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
GLAT, R.; PLETSCH, M. D. Políticas educacionais e práticas inclusivas. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2015.
MENDES, E. G.; VILARONGA, C. A. R. Atendimento educacional especializado: práticas colaborativas na escola inclusiva. Petrópolis: Vozes, 2014.
MENDES, E. G.; VILARONGA, C. A. R.; ZERBATO, A. P. Desafios da inclusão escolar: políticas, práticas e formação de professores. Petrópolis: Vozes, 2014.
MICHELS, M. H. Formação de professores e práticas inclusivas na educação infantil. Curitiba: Appris, 2019.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2016.
RODRIGUES, D. Educação inclusiva: estratégias pedagógicas na educação infantil. São Paulo: Cortez, 2020.
SILVA, L. C.; OLIVEIRA, A. P. Recursos pedagógicos acessíveis para o atendimento educacional especializado. Revista Educação em Foco, v. 25, n. 2, p. 88-105, 2020.
SILVA, L. C.; SANTOS, A. M. Inclusão escolar e práticas pedagógicas na educação infantil. Revista Educação em Foco, v. 22, n. 2, p. 145-162, 2019.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.