SER INTEIRO NA ESCOLA: A FORMAÇÃO ALÉM DO CONTEÚDO

Resumo

O presente artigo teve como objetivo analisar como a escola pôde promover a formação além do conteúdo, articulando dimensões cognitivas, socioemocionais e inclusivas. A investigação abordou a influência das metodologias ativas e das tecnologias no desenvolvimento socioemocional em escolas de tempo integral, os desafios da educação integral e inclusiva na formação docente e as contradições decorrentes da ênfase nas competências socioemocionais no novo ensino médio. A pesquisa caracterizou-se como bibliográfica, fundamentada na seleção e análise crítica de produções científicas recentes sobre o tema. Os resultados demonstraram que metodologias inovadoras e recursos digitais, quando orientados por projetos pedagógicos democráticos, favoreceram a autonomia, a empatia e a colaboração. Observou-se também que a efetivação da educação integral esteve diretamente relacionada à valorização do trabalho docente e à formulação de políticas públicas consistentes. Além disso, constatou-se que, em determinados contextos, a centralidade atribuída às competências socioemocionais refletiu uma lógica neoliberal, reduzindo a formação ao treinamento de condutas individuais. Concluiu-se que a escola cumpriu sua função integral ao integrar criticamente conteúdos, tecnologias, práticas inclusivas e desenvolvimento humano.