USO DE FITOTERÁPICOS PELA POPULAÇÃO DE UM BAIRRO EM ITAPERUNA-RJ: PERCEPÇÃO E CONHECIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n55-020Palavras-chave:
Fitoterápicos, Uso Racional, Orientação Profissional, AutomedicaçãoResumo
O uso de plantas medicinais e fitoterápicos, embora fortemente presente na cultura brasileira, ainda é permeado por concepções equivocadas sobre segurança e eficácia. Este estudo avaliou o uso de fitoterápicos pela população de um bairro de Itaperuna-RJ, identificando o perfil dos usuários, as principais plantas utilizadas, suas finalidades terapêuticas e o nível de conhecimento quanto aos riscos e à importância da orientação profissional. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quali-quantitativa, realizada por meio de questionário estruturado aplicado online a 100 participantes. Os resultados indicaram que o uso de fitoterápicos é frequente, sendo as espécies mais citadas camomila, erva-cidreira, hortelã e babosa, geralmente empregadas como calmantes, digestivos e para fortalecimento da imunidade. Observou-se predominância de adultos jovens com ensino superior, que reconheceram a importância do acompanhamento profissional, mas ainda se baseiam em indicações informais. Concluiu-se que o uso de fitoterápicos é culturalmente enraizado, porém frequentemente realizado sem orientação adequada, evidenciando a necessidade de ações educativas voltadas ao uso racional e seguro desses produtos.
Downloads
Referências
ARNOSTI, J. C. et al. Fitoterapia e saúde pública: revisão sobre a inserção da fitoterapia no Sistema Único de Saúde. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 22, n. 1, p. 64– 72, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/pny48FkxdsHPPJ7dcVjCGTM/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 set. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPICSUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf. Acesso em: 01 out. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME 2025. Brasília: Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sctie/daf/rename. Acesso em: 01 out. 2025.
BRUNING, M. C. R.; MOSEGUI, G. B. G.; VIANNA, C. M. M. A utilização da fitoterapia e de plantas medicinais em unidades básicas de saúde nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu – Paraná: a visão dos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 10, p. 2675–2685, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/Fk8d3yYaqGkFhNQdUtD2D6J. Acesso em: 22 set. 2025.
CARBOLIM, Roseli Lourdes; CAVALHEIRO, Larissa; PEIXOTO, Maria Gabriela. Etnoconhecimento associado ao uso de plantas medicinais por comunidades rurais em Peixoto de Azevedo, Mato Grosso. Revista da Biologia, São Paulo, v. 42, n. 1, p. 1 12, 2024. DOI: 10.11606/issn.1984 5154.217747. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revbiologia/article/view/217747. Acesso em: 30 set. 2025.
CARVALHO, F. A. R. et al. A importância dos medicamentos fitoterápicos e as consequências causadas pelo uso irracional. 2023. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, Recife, 2023. Disponível em: https://www.grupounibra.com/repositorio/FARMA/2023/a-importancia-dos-medicamentos-fitoterapicos-e-as-consequecias-causadas-pelo-uso-irracional.pdf. Acesso em: 30 set. 2025.
CHEROBIN, Fabiane; BUFFON, Marilene M.; CARVALHO, Denise S. de; RATT¬MANN, Yanna D. Plantas medicinais e políticas públicas de saúde: novos olhares sobre antigas práticas. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 32, n. 3, e320306, 2022. DOI: 10.1590/S0103-73312022320306. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/Tq5qNfrxAVClGB6Gk7RmT6R. Acesso em: 01 out. 2025.
COSTA, R. S.; ALMEIDA, A. M. O papel do farmacêutico na orientação do uso racional de fitoterápicos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 58, n. 2, p. 77–85, 2022. Disponível em: https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/congrepics/2017/TRABALHO_EV076_MD4_SA1_ID1002_04092017154844.pdf. Acesso em: 01 out. 2025.
FERREIRA, L. L. et al. Interações medicamentosas entre fitoterápicos e fármacos sintéticos: revisão integrativa. Revista Fitos, v. 14, n. 3, p. 315–329, 2020. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/1033. Acesso em: 03 out. 2025.
FIGUEREDO, Climério Avelino de; GURGEL, Idê Gomes Dantas; GURGEL JUNIOR, Garibaldi Dantas. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: construção, perspectivas e desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 381-400, 2014. DOI: 10.1590/S0103-73312014000200004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/w8cLzVgI2jWmPKRRqtD9h8D. Acesso em: 03 out. 2025.
LIMA, C. S. A. et al. Uso de fitoterápicos e potenciais interações medicamentosas em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 19, n. 4, p. 683–694, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/nKq2ZV9VKgfI9HkpugYNE3x. Acesso em: 03 out. 2025.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/xf7vy/pdf/almeida-9788523212162 Acesso em: 09 out. 2025.
MACEDO, J. F.; ROSA, J. F.; SILVA, R. C. Conhecimento e uso de plantas medicinais pela população: uma revisão de literatura. Revista Saúde em Foco, v. 11, p. 175–185, 2019. Disponível em: https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/5096. Acesso em: 09 out. 2025.
OLIVEIRA, E. R. et al. Perfil de utilização de plantas medicinais e fitoterápicos por usuários do SUS em um município de Minas Gerais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 19, n. 1, p. 1–9, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbpm/a/f7jm7rFqkAvdURjgb7M6iRN. Acesso em: 09 out. 2025.
PEREIRA, G. L. et al. Educação em saúde e o papel do farmacêutico no uso racional de fitoterápicos. Revista de Ciências da Saúde e Farmácia, v. 6, n. 2, p. 56–65, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/3LgFkWC3ryTCc79YQnhSmdv/?format=html&lang=pt. Acesso em: 09 out. 2025.
RAMOS, V. M. et al. Percepções e práticas relacionadas ao uso de plantas medicinais no cotidiano. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 23, n. 2, p. 1–9, 2021. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fen/article/view/67661. Acesso em: 22 set. 2025.
SILVA, E. F. et al. Riscos toxicológicos do uso indiscriminado de fitoterápicos: uma revisão. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 31, n. 1, p. 112–120, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbbio/a/wMLzf6zIgz7rxeZP1ZDdHcMAcesso em: 22 set. 2025.
VEIGA JÚNIOR, V. F.; PINTO, A. C.; MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, v. 28, n. 3, p. 519–528, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/7fXh7Pf5Lh5g7b4cL9r7dPf. Acesso em: 22 set. 2025.
TOMAZZONI, Marisa Ines; NEGRELLE, Raquel Rejane Bonato; CENTA, Maria de Lourdes. Fitoterapia popular: a busca instrumental enquanto prática terapêutica. Texto & Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 115-121, jan./mar. 2006. DOI: 10.1590/S0104-07072006000100014. Acesso em: 22 set. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/plantas-medicinais-e-fitoterapicos. Acesso em: 30 set. 2025.