DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE

Resumo

Este trabalho apresenta uma revisão narrativa sobre os desafios e estratégias atuais no diagnóstico precoce do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), uma das complicações perinatais mais comuns e com prevalência crescente. O diagnóstico, tradicionalmente realizado entre a 24ª e a 28ª semana gestacional através do teste oral de tolerância à glicose (TOTG), enfrenta dificuldades devido à falta de consenso global sobre os critérios a serem utilizados, o que gera grande variação nas taxas de incidência reportadas. O estudo destaca a importância do rastreamento precoce em gestantes de alto risco, identificadas por fatores como obesidade, idade materna avançada e histórico familiar. Discute-se o potencial de novos modelos preditivos, que combinam múltiplos marcadores clínicos e bioquímicos com algoritmos de aprendizado de máquina, para identificar mulheres em risco ainda no primeiro trimestre. O tratamento baseia-se em terapia nutricional e atividade física, com a insulinoterapia sendo o tratamento farmacológico de primeira escolha quando necessário. Conclui-se que a padronização dos critérios diagnósticos e a implementação de estratégias de rastreamento mais precoces são fundamentais para mitigar os desfechos adversos associados ao DMG e promover a saúde materno-infantil.