DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO ENTRE MÉDICOS, ENFERMEIROS E TÉCNICOS NA TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/ERR01v10n7-044Palavras-chave:
Comunicação Interprofissional, Tomada de Decisão Clínica, Trabalho em Equipe, Segurança do PacienteResumo
A comunicação efetiva entre profissionais de saúde constitui elemento fundamental para a qualidade e segurança da assistência prestada aos pacientes em ambientes hospitalares e de atenção primária. A crescente complexidade dos sistemas de saúde contemporâneos exige colaboração efetiva entre médicos, enfermeiros e técnicos para garantir integralidade, continuidade e qualidade da assistência. Este estudo analisa os desafios da comunicação entre médicos, enfermeiros e técnicos na tomada de decisão clínica, investigando barreiras comunicacionais, impactos sobre a segurança do paciente e estratégias de aprimoramento. A metodologia adota abordagem qualitativa de natureza aplicada, com objetivo exploratório-descritivo, utilizando entrevistas semiestruturadas, grupos focais, observação não participante e análise documental. Os resultados evidenciam quatro dimensões centrais: barreiras comunicacionais relacionadas a hierarquias profissionais que inibem participação de enfermeiros e técnicos; desafios de comunicação em contextos de alta complexidade com informações fragmentadas; impactos ambivalentes de tecnologias que facilitam acesso mas geram fragmentação de registros; e estratégias de aprimoramento incluindo rounds multidisciplinares e protocolos estruturados. As conclusões indicam que a comunicação interprofissional constitui fenômeno complexo influenciado por fatores individuais, relacionais, organizacionais e culturais, exigindo intervenções em múltiplos níveis para construção de culturas organizacionais colaborativas que valorizem trabalho em equipe e garantam qualidade assistencial.
Downloads
Referências
AMORIM, T. et al. Gestão do cuidado de enfermagem para a qualidade da assistência pré natal na atenção primária à saúde. Escola Anna Nery, v. 26, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2021-0300.
BERTICELLI, M. et al. Perfil das infecções de sítio cirúrgico em ginecologia e obstetrícia em um hospital público de ensino. Research, Society and Development, v. 10, n. 14, e453101422241, 2021. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22241.
BRETAS, A. et al. A utilização das tecnologias de informação e comunicação na atenção básica e seu papel na melhoria da gestão e qualidade do cuidado. 2023. DOI: https://doi.org/10.51161/conaps2023/23470.
FERREIRA, V.; FONSECA, R. Modelos de governação clínica em Portugal: realidade hospitalar, agrupamentos de centros de saúde e unidades locais de saúde. Brazilian Journal of Health Review, v. 6, n. 5, p. 20520 20531, 2023. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv6n5-092.
GOMES, V. et al. Os desafios do gerenciamento dos cuidados de enfermagem ao paciente crítico em uma unidade de terapia intensiva: um relato de experiência. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 23, n. 11, e14665, 2023. DOI: https://doi.org/10.25248/reas.e14665.2023.
INOCÊNCIO, J. et al. Aplicativo para promoção da saúde ocupacional dos profissionais de saúde de um hospital universitário: conceitos e desafios do By Your Side. Research, Society and Development, v. 11, n. 12, e379111234667, 2022. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34667.
LAMEZON, A.; CAVON, B.; VALDERRAMAS, S. Equilíbrio, quedas e risco de quedas na DPOC: revisão sistemática dos instrumentos de avaliação, propriedades de medida e utilidade clínica. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 27, 2024. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-22562024027.230189.pt.
LEMOS, A. et al. Uso da IA na UTI para monitoramento de pacientes críticos: uma revisão de literatura. ARE, v. 6, n. 3, p. 7849 7862, 2024. DOI: https://doi.org/10.56238/arev6n3-211.
MENDONÇA, S.; OLIVEIRA, P.; NOGUEIRA, M. Raciocínio clínico dos enfermeiros na triagem num serviço de urgência: Grounded Theory. 2023. p. 136 163. DOI: https://doi.org/10.48209/978-65-84959-17-8.
MARAN, E. et al. Efeitos de rounds multidisciplinares e checklist em unidade de terapia intensiva: estudo de método misto. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 75, n. 3, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2021-0934pt.
MARQUES, R.; VELUDO, F. Competências do gestor de feridas: scoping review. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 40, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2019.20180421.
MENG, Y. et al. Significado prognóstico de marcadores associados à nutrição na insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada: uma revisão sistemática e metanálise. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 120, n. 5, 2023. DOI: https://doi.org/10.36660/abc.20220523.
MIRANDA, L. et al. Desafios no diagnóstico diferencial nas lesões por pressão: relato de um caso clínico. Revista Feridas, v. 11, n. 60, p. 2215 2218, 2023. DOI: https://doi.org/10.36489/feridas.2023v11i60p2215-2218.
NOVAES, L.; BARROS, M.; CIRINO, F. Serviços de enfermagem: certificação como diferencial estratégico. Archives of Health, v. 4, n. 4, p. 1204 1212, 2023. DOI: https://doi.org/10.46919/archv4n4-012.
OLIVEIRA, B. et al. Information-seeking behaviors and barriers to the incorporation of scientific evidence into clinical practice: a survey with Brazilian dentists. PLOS One, v. 16, n. 3, e0249260, 2021. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0249260.