FRAGMENTAÇÃO HORIZONTAL E REPLICAÇÃO SELETIVA EM BASES DE DADOS DISTRIBUÍDAS: PROPOSTA DE MODELO ARQUITETÓNICO PARA A OTIMIZAÇÃO DO E-SISTAFE EM MOÇAMBIQUE

Resumo

No contexto de um mundo cada vez mais digitalizado, a eficiência operativa e a capacidade de resposta dos sistemas de informação são cruciais para a tomada de decisão em organizações, incluindo as governamentais. A escolha da arquitetura de base de dados, entre centralizada (cliente-servidor) e distribuída, é um fator determinante para o desempenho e a escalabilidade. Este artigo propõe uma análise da migração do sistema de gestão financeira pública de Moçambique, o e-SISTAFE, de uma arquitetura cliente-servidor para uma arquitetura de base de dados distribuída com foco na fragmentação horizontal. O objetivo é demonstrar, através de uma revisão de literatura aprofundada e da aplicação de um modelo de Design Science Research (DSR) para a proposição de um artefato, que a fragmentação pode mitigar gargalos de desempenho, sobrecarga de rede e latência em sistemas geograficamente dispersos. A revisão bibliográfica foca-se nos desafios de consistência, transparência e otimização de consultas inerentes à fragmentação, e integra literatura recente sobre bases de dados distribuídas (DDB) e migração de sistemas governamentais. Conclui-se que, embora a fragmentação exija um investimento substancial em infraestrutura e recursos humanos qualificados, a sua adoção no e-SISTAFE tem o potencial de melhorar significativamente a eficiência da execução da despesa e gestão da receita a nível nacional.