ACT OF THE PRINCE: FROM ABSOLUTE WILL TO CONSTITUTIONAL GUARANTEE IN THE CURRENT RISK SOCIETY
DOI:
https://doi.org/10.56238/ERR01v10n5-020Keywords:
Sovereign Act Doctrine, Fait du Prince, Unforeseen Theory. Risk Theory, Administrative ContractsAbstract
This research proposes an in-depth analysis of the Sovereign Act Doctrine, exploring its evolution from Political Philosophy to Administrative Law as a guarantee against state power. The general objective was to deepen the theory's conceptualization, differentiate it from similar institutes, and analyze its application in Brazilian and Portuguese legislation and jurisprudence. The methodology used was a bibliographic review and the hypothetico-deductive method, allowing for the construction of a logical reasoning and theoretical foundation. The results show that, although the theory is a pillar of legal certainty, its practical application is fragile, requiring a rigorous standard of proof that makes it an exception. It is concluded that the New Bidding and Administrative Contracts Law (Lei No. 14.133/2021) does not make it obsolete, but re-signifies it as an essential escape valve against the intrinsically unpredictable risks created by the State itself.
Downloads
References
ALBUQUERQUE, Ronaldo de Medeiros e. Ato Administrativo, Ato-Fato Administrativo. Revista do Ministério Público, Rio de Janeiro, RJ, (6), 1997.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 38. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2025.
BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
BRAUN, Richard J. The Sovereign Acts Doctrine in Public Contracts. Public Contract Law Journal, v. 35, n. 1, p. 119-140, Fall 2005.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 38. ed. São Paulo: Atlas, 2024.
CHAPUS, René. Droit du contentieux administratif. 11. ed. Paris: Montchrestien, 2001.
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Guia Referencial para Identificação, Quantificação e Mitigação de Superfaturamento em Contratos de Bens e Serviços. Brasília, DF: CGU, 2024.
CONSEIL D'ÉTAT (França). Acórdão "Compagnie générale d'éclairage de Bordeaux". CE 30 mars 1916.
CRETELLA JÚNIOR, José. Teoria do "Fato do Príncipe". Revista de Direito Administrativo, v. 69, p. 23-30, 1969.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 38. ed. São Paulo: Atlas, 2025.
FERNANDES, Jorge. O Fato do Príncipe e o Equilíbrio Econômico-Financeiro nos Contratos Administrativos. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2024.
GABARDO, Emerson. Teoria da Arbitragem e do Contrato Administrativo. 2. ed. São Paulo: Almedina, 2024.
GASIOLLA, Gustavo Gil. O fato do príncipe no sistema de tutela dos contratos administrativos. Revista Digital de Direito Administrativo, v. 1, n. 1, p. 69-84, 2014.
GAUTHIER, Jean. Le principe de la sécurité juridique en droit public. 2. ed. Paris: LGDJ, 2021.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 16. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2025.
LEAL, Victor Nunes. Problemas de controle de constitucionalidade. Rio de Janeiro: Forense, 1981.
MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Divergência jurisprudencial e súmula. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução de Antonio D'Elia. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2017.
MARRARA, Thiago; BARBOSA, Allan Fuezi de Moura. Responsabilidade do Estado "pelo" contrato: reflexões a partir da responsabilidade do contratante por lacunas e erros em concessões de serviços públicos. Revista de Direito Administrativo, v. 280, p. 101-120, 2020.
MARTINS, Urá Lobato. Contornos da (in) aplicabilidade da teoria do fato príncipe no direito tributário. Revista de Direito Tributário e Financeiro, v. 6, n. 2, p. 21-38, jul./dez. 2020.
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 27. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2024.
MELLO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Princípios Gerais de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 1979. v. 1.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 45. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2025.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 41. ed. São Paulo: Atlas, 2024.
NIEBUHR, Joel de Menezes. Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei 14.133/21). 1. ed. Curitiba: Zênite, 2021.
PINTO, Cláudia de Moura Alves Saavedra. O facto do príncipe e os contratos administrativos. Coimbra: Almedina, 2012.
PINTO, José Roberto. Gestão de Riscos e Contratos Públicos. 1. ed. Curitiba: Editora Juruá, 2025.
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Gestão de Riscos e Contratos Públicos. 1. ed. Curitiba: Editora Juruá, 2025.
SOUSA, Marcelo Rebelo de; MATOS, André Salgado de. O regime jurídico da parceria público-privada. 2. ed. Lisboa: AAFDL, 2008.
STF. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário nº 902.910/GO. Relator: Min. Luís Roberto Barroso, julgado em 02/03/2021, DJe de 02/03/2021.
STJ. Em debate virtual, ministro Kukina fala do fato do príncipe e da judicialização em torno do coronavírus. Notícia publicada em 17 de abril de 2020. Disponível em: https://www.stj.jus.br. Acesso em: 05 set. 2025.
TC de Portugal. Acórdão n.º 52/2024, de 15/01/2024.
UNITED STATES. COURT OF APPEALS FOR THE FEDERAL CIRCUIT. Yankee Atomic Elec. Co. v. United States. 385 F.3d 1353 (Fed. Cir. 2004).
UNITED STATES. SUPREME COURT. United States v. Winstar Corp. 518 U.S. 839 (1996).