RASTREAMENTO DE CÂNCERES NO BRASIL: DIRETRIZES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

Autores

  • Lucas Andreguete Bovo Autor
  • Eduardo Benfatto Berna Autor
  • Manuella de Almeida Vilela Autor
  • Mário Irusta Pedromo Autor
  • Gabriella Mendonça Angelino Autor
  • Melissa Romani e Souza Autor
  • Bruna Elias Macchetti Autor
  • Laís Togni Coelho de Faria Autor
  • Julia Togni Coelho de Faria Autor
  • Maysa Saporito Cardoso Autor
  • Maria Eduarda Kafejian Haddad Autor
  • Maria Fernanda Infanger Autor
  • Rafaela Moretto Marchioro Autor
  • Gabrielle de Jesus Paiano Autor
  • Yasmim Rodrigues Vieira Morais Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/

Palavras-chave:

Rastreamento, Câncer., SUS, Diretrizes, Desigualdades

Resumo

Este capítulo analisa os programas de rastreamento para os cânceres de mama, colo do útero e colorretal, disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O objetivo é apresentar as diretrizes oficiais, discutir a implementação e identificar os principais desafios. A metodologia consistiu em uma revisão analítica de documentos oficiais do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), complementada por literatura científica. Os resultados indicam uma recente e significativa mudança na política de rastreamento do câncer de mama, que expandiu a faixa etária para o rastreamento organizado (50 a 74 anos) e passou a garantir o acesso ao exame para mulheres de 40 a 49 anos sob demanda. Para o câncer do colo do útero, destaca-se a recente e transformadora transição da citologia Papanicolau para o teste de DNA-HPV como método primário de rastreamento para mulheres de 25 a 64 anos. Em contrapartida, para o câncer colorretal, a estratégia vigente é a de diagnóstico precoce, sem um programa de rastreamento populacional organizado. A discussão evidencia desafios transversais significativos, como profundas desigualdades regionais no acesso, baixa cobertura dos programas e uma lacuna persistente entre a política formulada e a prática assistencial. A nova diretriz para o câncer de mama, embora amplie o acesso, também expõe uma notável divergência técnica com o INCA e impõe novos desafios de implementação para a rede de saúde. Conclui-se que, apesar do avanço das diretrizes, a efetividade e a equidade dos programas dependem criticamente do fortalecimento da gestão do sistema de saúde, da qualificação da Atenção Primária e da superação de barreiras estruturais para garantir que os benefícios da detecção precoce alcancem toda a população.

DOI: https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.028-023

Downloads

Publicado

2025-09-28