INTOXICAÇÃO POR CUMARÍNICOS: UMA REVISÃO CIENTÍFICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.028-020Palavras-chave:
Intoxicação Exógena, Cumarínicos, Antagonistas da Vitamina K, Hemorragia, Vitamina KResumo
Este capítulo apresenta uma revisão científica sobre a intoxicação por cumarínicos em humanos, abordando sua fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e manejo. Os cumarínicos, antagonistas da vitamina K, inibem a síntese hepática dos fatores de coagulação II, VII, IX e X, resultando em coagulopatia.1 A intoxicação pode ser acidental ou intencional, constituindo um relevante problema de saúde pública.3 O diagnóstico é fundamentado na história clínica e na elevação do Tempo de Protrombina (TP) e da Razão Normalizada Internacional (RNI).2 O tratamento envolve medidas de suporte e a administração de vitamina K1 (fitomenadiona) como antídoto.2 Em casos de hemorragia grave, a reposição de fatores de coagulação com Concentrado de Complexo Protrombínico (CCP) ou Plasma Fresco Congelado (PFC) é crucial.5 Um desafio particular é o manejo da intoxicação por "supervarfarinas", raticidas de segunda geração com alta potência e meia-vida prolongada, que exigem terapia de longa duração.6 A epidemiologia no Brasil é complexa devido à prevalência de raticidas ilegais ("chumbinho"), que frequentemente contêm outras substâncias tóxicas, mascarando o perfil real das intoxicações por cumarínicos e exigindo atenção diagnóstica.8