MIOCARDITE VIRAL: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS ATUAIS E EVIDÊNCIAS CLÍNICAS

Autores

  • Leonardo Quint Alecrim Bascopé Autor
  • Sthefanie de Paiva Siqueira Autor
  • Denis Rossanez Rodrigues Autor
  • Amine Barakat e Silva Autor
  • Drielly Domingues Parra Autor
  • Ryan Rafael Barros de Macedo Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.028-013

Palavras-chave:

Miocardite Viral, Tratamento, Terapia Imunomoduladora, Terapia Antiviral

Resumo

Este artigo de revisão aborda a miocardite, uma doença inflamatória do músculo cardíaco causada predominantemente por infecções virais. A introdução destaca a heterogeneidade clínica da condição, que varia de casos leves a quadros graves de choque cardiogênico e morte súbita, e ressalta o aumento de sua incidência após a pandemia de SARS-CoV-2. A fisiopatologia é descrita como um processo em fases, iniciando com a lesão viral direta e progredindo para uma resposta imune do hospedeiro que, quando desregulada, pode causar dano crônico e cardiomiopatia dilatada. O objetivo do estudo é sintetizar as evidências atuais sobre as abordagens terapêuticas, dado que o tratamento específico ainda é limitado e controverso. A metodologia consistiu em uma revisão narrativa da literatura, com pesquisa na base de dados PubMed por publicações relevantes sobre diagnóstico e tratamento da miocardite viral, utilizando descritores MeSH como "Viral Myocarditis" e "Treatment". Os resultados e a discussão categorizam as abordagens terapêuticas em três pilares. O primeiro, e principal, é o tratamento de suporte, focado no manejo dos sintomas e das complicações cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca (com uso de betabloqueadores e iECA) e o choque cardiogênico (com suporte circulatório mecânico, como a ECMO). O segundo pilar é a terapia antiviral, cujo uso não é rotineiro, mas que demonstrou benefício em cenários específicos, como o uso de interferon-beta para enterovírus (ensaio BICC) e telbivudina para Parvovírus B19. O terceiro pilar é o tratamento imunomodulador (corticosteroides, IVIG), que permanece controverso devido a resultados conflitantes em ensaios clínicos. O artigo enfatiza a recomendação da Sociedade Europeia de Cardiologia de realizar uma biópsia endomiocárdica para excluir infecção viral ativa antes de iniciar a imunossupressão. Por fim, são mencionadas novas terapias em investigação, como a colchicina e inibidores da via da IL-1.

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Publicado

2025-09-11