MOLA HIDATIFORME INVASIVA: AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIAS DE DETECÇÃO PRECOCE

Autores

  • Drielly Domingues Parra Autor
  • Amine Barakat e Silva Autor
  • Sthefanie de Paiva Siqueira Autor
  • Denis Rossanez Rodrigues Autor
  • Leonardo Quint Alecrim Bascopé Autor
  • Ryan Rafael Barros de Macedo Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.028-012

Palavras-chave:

Mola Hidatiforme Invasiva, Doença Trofoblástica Gestacional, Diagnóstico, Genotipagem Molecular

Resumo

Este artigo de revisão aborda os desafios e avanços no diagnóstico da mola hidatiforme (MH), a forma mais comum da Doença Trofoblástica Gestacional (DTG), com um foco particular na sua complicação localmente invasiva, a mola invasiva. A introdução estabelece a relevância do tema, destacando que a MH, uma gestação anormal, tem potencial para evoluir para Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG), necessitando de seguimento rigoroso. A mola invasiva, caracterizada pela penetração do tecido molar no miométrio, representa um risco significativo de complicações graves como hemorragia uterina. O problema central identificado é a baixa acurácia dos métodos diagnósticos convencionais — ultrassonografia e histopatologia —, que são altamente dependentes do observador. O objetivo do estudo é consolidar o conhecimento sobre as estratégias diagnósticas refinadas e a detecção precoce. A metodologia consistiu em uma revisão narrativa da literatura, com pesquisa na base de dados PubMed por artigos que abordassem o diagnóstico e tratamento da mola hidatiforme invasiva. Os resultados da revisão demonstram a insuficiência do diagnóstico convencional, citando um estudo multicêntrico que apurou uma acurácia de apenas 44% para a ultrassonografia e 66% para a histopatologia na classificação da MH. Para superar essa limitação, o artigo destaca o papel indispensável das técnicas ancilares. A imuno-histoquímica para a proteína p57 é apresentada como uma ferramenta robusta para diferenciar a mola completa (p57-negativa) das parciais e não molares (p57-positivas). Como padrão-ouro, a genotipagem molecular por análise de microssatélites (STR) é ressaltada por sua capacidade de determinar a origem parental dos cromossomos, confirmando a natureza da lesão com precisão. O manejo inicial é a evacuação uterina, seguida por monitoramento seriado do β-hCG para detectar a doença persistente, cujo tratamento principal é a quimioterapia com agente único, como o metotrexato. Alternativas cirúrgicas para preservação da fertilidade em casos selecionados também são discutidas.

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Publicado

2025-09-11