TERAPIA DO HIV COM CRISPR-CAS: AVANÇOS E DESAFIOS NA EDIÇÃO GENÉTICA

Autores

  • Denis Rossanez Rodrigues Autor
  • Amine Barakat e Silva Autor
  • Sthefanie de Paiva Siqueira Autor
  • Drielly Domingues Parra Autor
  • Leonardo Quint Alecrim Bascopé Autor
  • Ryan Rafael Barros de Macedo Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.028-011

Palavras-chave:

HIV, CRISPR-Cas, Edição Genética, Terapia Gênica

Resumo

Este artigo de revisão explora a aplicação da tecnologia de edição genética CRISPR-Cas como uma potencial terapia curativa para a infecção pelo HIV. A introdução estabelece o problema central: a terapia antirretroviral (cART) suprime a replicação do HIV, mas não elimina o vírus, que persiste em um reservatório latente integrado ao genoma das células do hospedeiro. A erradicação desse reservatório é o passo essencial para a cura. Nesse contexto, o sistema CRISPR-Cas surge como uma ferramenta promissora, funcionando como "tesouras moleculares" capazes de remover ou inativar o DNA proviral. O objetivo do estudo é, portanto, compilar e analisar os avanços e desafios atuais dessa abordagem terapêutica. A metodologia utilizada foi uma revisão narrativa da literatura, baseada em uma pesquisa na base de dados PubMed por artigos científicos publicados nos últimos cinco anos, utilizando os descritores 'CRISPR-Cas', 'HIV' e 'Treatment'.Os resultados e a discussão são divididos em duas estratégias principais. A primeira é o ataque direto ao genoma viral, onde o CRISPR-Cas é usado para excisar ou inativar sequências conservadas do DNA do HIV, com a abordagem multiplex (uso de múltiplas guias de RNA) mostrando-se mais eficaz. A segunda estratégia foca em modificar o genoma do hospedeiro para criar resistência à infecção, sendo o principal alvo o nocaute do gene do correceptor CCR5, inspirado em casos de cura de pacientes que receberam transplantes de medula de doadores com uma mutação natural neste gene. Apesar do sucesso em modelos celulares e animais, a revisão destaca desafios significativos: o risco de escape viral por mutação, os perigosos efeitos off-target (cortes indesejados no genoma humano), a complexa logística de entrega do sistema CRISPR a todas as células do reservatório e a possibilidade de uma resposta imune contra a proteína Cas.

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Publicado

2025-09-11