NEOSPOROSE BOVINA: DA BIOLOGIA AO CONTROLE EM REBANHOS LEITEIROS E DE CORTE

Autores

  • Jaqueline Aparecida Sousa Pereira Autor
  • Fátima Christina França Alexandrowitsch Autor
  • Vinicius José Moreira Nogueira Autor
  • Marina Garcia Eça Autor
  • Hoxana Lopes Kattah Autor
  • João Gabriel Oliveira Autor
  • Roberta Pinheiro dos Santos Autor
  • Fábio Nogueira Reis Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/

Palavras-chave:

Neospora caninum, Aborto Bovino, Transmissão Vertical, Diagnóstico, Biosseguridade, Controle Sanitário

Resumo

A neosporose bovina, causada por Neospora caninum, é importante etiologia de perdas reprodutivas em rebanhos leiteiros e de corte, com impacto econômico significativo. Esta revisão de literatura sintetiza evidências sobre biologia do parasito, vias de transmissão, epidemiologia, manifestações clínicas, diagnóstico e estratégias de controle em bovinos. A transmissão ocorre principalmente por via vertical, responsável pela manutenção do agente no rebanho, e por via horizontal a partir de canídeos, hospedeiros definitivos que disseminam oocistos no ambiente. Abortos esporádicos ou em surtos—mais frequentes do segundo ao sétimo mês de gestação—constituem a principal expressão clínica. Métodos sorológicos (IFI, ELISA) são úteis para triagem populacional e investigação de risco, enquanto a confirmação em eventos abortivos depende da associação entre histopatologia, imuno-histoquímica e/ou detecção molecular. Não há tratamento curativo comprovado em campo; assim, o controle baseia-se em biosseguridade (restrição de acesso de cães e manejo adequado de placentas e restos fetais), medidas reprodutivas (uso criterioso de transferência de embriões, descarte ou não reprodução de fêmeas com histórico reprodutivo compatível) e gestão do risco ambiental. Persistem lacunas quanto à eficácia de vacinas, à mitigação da transmissão transplacentária e à padronização de algoritmos diagnósticos custo-efetivos. Conclui-se que abordagens integradas e contextuais, combinando vigilância, manejo reprodutivo e biosseguridade, são essenciais para reduzir a carga da doença.

DOI: https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.061-002

Publicado

2025-09-06