HORMÔNIOS, CÂNCER E EXERCÍCIO FÍSICO: INTERAÇÕES MOLECULARES, RESPOSTAS SISTÊMICAS E PERSPECTIVAS TRANSLACIONAIS

Autores

  • Fabia Julliana Jorge de Souza Autor
  • Ithalo Lima Brito Autor
  • Rhuan Bezerra Alves de Abreu Autor
  • Tiago Gabriel de Araújo Nogueira Autor
  • Gilmara Camargo de Freitas Autor
  • Anna Elvira Damasceno de Almeida Guilherme Autor
  • Dase Luyza Barbosa de Sousa Alves Autor
  • Caio Fernando Martins Ferreira Autor
  • Nathália Louisy Oliveira Bezerril Autor
  • Yasmim Campelo de Oliveira Autor
  • Marcília Ingrid Lima Barroso Nunes Autor
  • Ana Camila Campelo de Albuquerque Nunes Autor

Palavras-chave:

Hormônios, Carcinogênese, Exercício Físico, Microambiente Tumoral

Resumo

O capítulo apresenta uma síntese abrangente das interações entre hormônios, carcinogênese e exercício físico, abordando bases bioquímicas, moleculares e aplicações translacionais. Inicialmente, destaca-se que hormônios esteroides sexuais (estrogênio, testosterona), hormônios metabólicos (insulina, IGF-1) e adipocinas (leptina, adiponectina) desempenham papel central na iniciação e progressão tumoral, modulando proliferação celular, angiogênese, inflamação e microambiente tumoral. A desregulação hormonal — comum na obesidade, sedentarismo e resistência à insulina — favorece o desenvolvimento de tumores, especialmente mama, próstata e cólon. O capítulo também detalha como o exercício físico atua como modulador endócrino e imunometabólico, reduzindo níveis de estrogênio, insulina, IGF-1 e leptina, aumentando adiponectina e estimulando mioquinas anti-inflamatórias. O exercício interfere positivamente em vias como AMPK, mTOR, PI3K/Akt e NF-κB, promovendo efeitos antitumorais diretos e indiretos. Em modelos de câncer de mama, próstata e cólon, a prática regular reduz aromatase no tecido adiposo, melhora sensibilidade à insulina, diminui angiogênese tumoral e favorece a homeostase intestinal. Por fim, o texto reforça a importância do exercício na oncologia moderna, alinhado ao conceito de Exercise is Medicine, destacando sua aplicabilidade na prevenção, controle e reabilitação oncológica, além do potencial para personalização terapêutica baseada em perfis hormonais e metabólicos.

DOI: https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.087-017

Publicado

2025-12-01

Edição

Seção

Articles