FRATURAS MANDIBULARES E MAXILARES: ABORDAGENS CIRÚRGICAS E AVANÇOS NO MANEJO RECONSTRUTIVO

Autores

  • Lorena Ferreira das Neves Autor
  • Andres Santiago Quizhpi Lopez Autor
  • Cicero Araujo Chaves Neto Autor
  • Giordanna Zanardi Passos Autor
  • Débora Silva Pluvie de Mello Autor
  • Lucas de Almeida Vieira Autor
  • Nicolly Lopes Lucena Autor
  • Juliana Santos Oliveira Autor

Palavras-chave:

Fraturas Mandibulares, Fraturas Maxilares, Cirurgia Bucomaxilofacial, Redução Aberta com Fixação Interna, Planejamento Cirúrgico Virtu, Impressão 3D, Trauma Maxilofacial

Resumo

O trauma maxilofacial configura-se como um dos mais relevantes desafios da prática cirúrgica contemporânea, sendo responsável por expressiva morbidade funcional e estética entre indivíduos acometidos. As fraturas mandibulares e maxilares representam parcela significativa desses traumas, demandando abordagens terapêuticas que integrem precisão anatômica, restauração funcional e recuperação estética (Mancilla et al., 2025; Saurabh et al., 2023). Tais lesões estão frequentemente associadas a acidentes de trânsito, agressões interpessoais e quedas, refletindo não apenas fatores biomecânicos, mas também contextos sociais e econômicos que influenciam sua incidência e gravidade (Fang et al., 2023). A mandíbula, por sua posição anatômica proeminente e vulnerável, é uma das estruturas faciais mais frequentemente fraturadas, enquanto o complexo maxilar apresenta particularidades anatômicas que tornam seu tratamento igualmente desafiador (Tabatabaee et al., 2021). A correta reconstrução dessas fraturas visa restabelecer a oclusão, a função mastigatória e a harmonia facial, prevenindo sequelas como maloclusão, assimetria e disfunção temporomandibular (Bhushan et al., 2022). Nesse contexto, a escolha terapêutica adequada — entre técnicas de redução fechada e a Redução Aberta com Fixação Interna (ORIF) — deve ser pautada em critérios anatômicos, funcionais e clínicos individualizados. O advento das tecnologias digitais tem promovido avanços expressivos na cirurgia bucomaxilofacial. O uso do planejamento virtual, da modelagem tridimensional e da impressão 3D, associado à aplicação de técnicas de inteligência artificial para diagnóstico e planejamento cirúrgico, vem revolucionando o manejo reconstrutivo de fraturas complexas (Chen et al., 2022; Hung et al., 2023). Essas inovações permitem maior previsibilidade operatória, redução do tempo cirúrgico e resultados estéticos e funcionais superiores, refletindo o contínuo aprimoramento técnico-científico da área. Diante desse panorama, justifica-se a necessidade de uma análise abrangente e atualizada sobre as diferentes modalidades de tratamento das fraturas mandibulares e maxilares, bem como sobre os avanços tecnológicos que têm transformado a prática cirúrgica bucomaxilofacial. O estudo de tais aspectos é essencial para o desenvolvimento de protocolos terapêuticos mais eficazes, seguros e individualizados, capazes de minimizar complicações e otimizar o processo de reabilitação do paciente. Assim, este capítulo tem como objetivo revisar e discutir as principais abordagens cirúrgicas empregadas no tratamento das fraturas mandibulares e maxilares, destacando os avanços reconstrutivos e as contribuições tecnológicas mais recentes. Busca-se, ainda, enfatizar a importância da integração entre conhecimento científico, habilidade técnica e inovação tecnológica como pilares fundamentais para a excelência na prática cirúrgica bucomaxilofacial.

DOI: https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.093-005

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Publicado

2025-11-26