RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA E OS DESAFIOS DA TERAPÊUTICA MODERNA PARA O CONTROLE DE INFECÇÕES POR CORYNEBACTERIUM SP
Palavras-chave:
Corynebacterium, Resistência Antimicrobiana, Terapia AlternativaResumo
As espécies do gênero Corynebacterium são bactérias Gram-positivas, pleomórficas, amplamente distribuídas no ambiente e na microbiota humana, comumente descritas como “diftéroides” quando isolados em amostras clínicas. Embora a espécie-ícone seja Corynebacterium diphtheriae, agente da difteria clássica, nos últimos anos tem-se observado um aumento notório na implicação de outras espécies de Corynebacterium (em especial as não-difteroides como Corynebacterium striatum) como patógenos oportunistas ou emergentes em ambiente hospitalar, associados a infecções de pele/tecidos moles, dispositivos implantados, articulações, entre outros. Por esta razão, a sua resistência a antibióticos tornou-se preocupante. Os estudos recentes apontam para múltiplos mecanismos de resistência, incluindo aquisição genética, mutações cromossómicas, elementos móveis, alterações de alvo e formação de biofilme. Esse cenário tem gerado desafios clínicos e epidemiológicos significativos, exigindo novas abordagens terapêuticas. Como alternativas promissoras, destacam-se o uso de compostos naturais, como óleos essenciais e extratos de plantas, que atuam de forma multifatorial sobre a estrutura celular e o metabolismo bacteriano, reduzindo a virulência e a formação de biofilme. Além disso, os metabólitos secundários produzidos por Streptomyces e outras actinobactérias têm demonstrado potencial antimicrobiano contra Corynebacterium sp., interferindo na síntese da parede celular e na integridade da membrana. Diante disso, a compreensão dos mecanismos de resistência e a exploração de terapias alternativas são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias inovadoras e sustentáveis de combate às infecções causadas por Corynebacterium sp., contribuindo para o enfrentamento global da resistência antimicrobiana.