ENFERMAGEM DE PRECISÃO: PERSONALIZAÇÃO DO CUIDADO NEONATAL COM BASE EM BIOMARCADORES REGENERATIVOS DO CUIDADO CARDIOVASCULAR
Palavras-chave:
Enfermagem de Precisão, Biomarcadores, Cuidado NeonatalResumo
A enfermagem de precisão emerge como um campo estratégico para a transformação do cuidado em saúde, especialmente na neonatologia, onde a vulnerabilidade dos recém-nascidos demanda abordagens altamente individualizadas. Fundamentada nos princípios da medicina de precisão, essa perspectiva considera fatores genômicos, epigenéticos, ambientais e sociais para guiar decisões clínicas mais assertivas. No contexto neonatal, o uso de biomarcadores tem se destacado como recurso promissor para antecipar riscos, monitorar respostas terapêuticas e favorecer a personalização do cuidado, contribuindo para a melhoria dos desfechos em curto e longo prazo. Entre os biomarcadores com maior relevância clínica, destacam-se os relacionados ao sistema cardiovascular, como troponinas, peptídeos natriuréticos e microRNAs, que possibilitam a detecção precoce de alterações funcionais e estruturais. Estudos recentes apontam ainda para o papel dos biomarcadores regenerativos na prevenção e recuperação de disfunções cardiovasculares em neonatos de risco, abrindo novas perspectivas para terapias inovadoras e acompanhamento clínico mais preciso (CALZONE; JENKINS; FEERO, 2013; MANOLIO et al., 2020). Nesse cenário, o enfermeiro assume papel central não apenas na monitorização clínica, mas também na interpretação dos dados biomoleculares e na integração das informações em planos de cuidado personalizados. Além disso, o profissional de enfermagem atua como elo entre tecnologia e humanização, assegurando que a utilização de recursos avançados respeite os princípios éticos e a singularidade de cada paciente. Assim, a enfermagem de precisão aplicada ao cuidado neonatal com enfoque nos biomarcadores cardiovasculares apresenta-se como horizonte inovador e necessário para a prática clínica contemporânea. Ao articular ciência, tecnologia e cuidado humanizado, abre-se caminho para uma abordagem regenerativa do cuidado, capaz de promover melhores prognósticos e contribuir para a consolidação de um modelo de saúde mais justo, equitativo e sustentável.
