MELANOMA: EPIDEMIOLOGIA, FISIOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E AVANÇOS TERAPÊUTICOS

Autores

  • Anderson Silva Marques Dantas Autor
  • Eduarda Pieve Assunção Ferreira Autor
  • Kelle Cristina Oliveira Autor
  • Sarah Fonseca e Silva Autor

Palavras-chave:

Melanoma, Diagnóstico, Epidemiologia, Etiologia, Tratamento

Resumo

O melanoma é uma forma agressiva de câncer de pele, cuja incidência tem aumentado globalmente nas últimas décadas, especialmente em populações de pele clara. Essa neoplasia maligna se origina dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, e está fortemente associada à exposição solar, uso de câmaras de bronzeamento, histórico familiar e predisposição genética. O reconhecimento precoce do melanoma é fundamental, pois a sobrevida dos pacientes está diretamente relacionada ao estágio da doença no momento do diagnóstico. A identificação de lesões suspeitas, complementada por métodos de imagem e biópsias, é essencial para um diagnóstico preciso, permitindo intervenções terapêuticas adequadas. A fisiopatologia envolve uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais. Mutações em genes críticos, como BRAF, NRAS e KIT, desempenham um papel crucial no desenvolvimento da doença. Esses danos promovem alterações no DNA dos melanócitos, levando à proliferação celular descontrolada e à formação de tumores. Além disso, a melanogênese, ou produção de melanina, está intimamente relacionada à resposta do organismo ao dano solar, sendo uma tentativa de proteção contra a radiação nociva. No entanto, essa proteção pode ser ineficaz em indivíduos com predisposição genética para o desenvolvimento de melanoma. Os avanços no tratamento têm sido significativos, especialmente nas últimas duas décadas. As opções terapêuticas incluem cirurgia, imunoterapia e terapias alvo, que visam especificamente as mutações presentes nas células tumorais. As imunoterapias, como os inibidores de PD-1 e CTLA-4, têm demonstrado eficácia notável na promoção da resposta imune contra o tumor, enquanto os inibidores de BRAF e MEK oferecem novas esperanças para pacientes com melanomas que apresentam mutações específicas. Esses progressos refletem uma mudança de paradigma no manejo do melanoma, visando não apenas a sobrevida, mas também a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, evidenciando a importância da pesquisa contínua e do desenvolvimento de novas terapias personalizadas.

DOI: https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.087-014

Publicado

2025-11-27

Edição

Seção

Articles