PANORAMA DA FLORICULTURA E ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA AMARÍLIS SOB CONDIÇÕES DE ESTRESSE HÍDRICO
Palavras-chave:
Déficit Hídrico, Fisiologia Vegetal, Flores Ornamentais, Manejo HídricoResumo
A floricultura é um dos segmentos mais promissores do agronegócio mundial, caracterizado pela elevada rentabilidade e expansão contínua, especialmente em países como Holanda, China e Estados Unidos. No Brasil, o setor vem se destacando pelo crescimento constante, mesmo diante de adversidades econômicas e climáticas, movimentando bilhões de reais e gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Dentre as espécies de maior relevância comercial, a amarílis (Hippeastrum hybridum Hort.) apresenta expressivo potencial econômico e ornamental, devido à sua ampla diversidade de cultivares, elevada demanda de mercado e boa adaptabilidade às condições tropicais e subtropicais. Entretanto, fatores ambientais, sobretudo a disponibilidade hídrica, afetam significativamente a produtividade e qualidade das flores e bulbos dessa espécie. O estresse hídrico induz alterações fisiológicas e bioquímicas, como fechamento estomático, redução da taxa fotossintética e acúmulo de espécies reativas de oxigênio, comprometendo o metabolismo celular e a aparência visual das plantas. Para minimizar esses efeitos, a amarílis apresenta respostas adaptativas associadas ao aumento da atividade de enzimas antioxidantes e à modificação estrutural dos tecidos foliares. Essa revisão apresenta um panorama atualizado do agronegócio de flores, com ênfase na importância econômica e nas exigências edafoclimáticas da amarílis, além de discutir os principais mecanismos fisiológicos de resposta ao déficit hídrico. Compreender tais respostas é essencial para o desenvolvimento de práticas de manejo hídrico mais eficientes e sustentáveis, contribuindo para a produção de flores de maior qualidade e para o fortalecimento competitivo da floricultura brasileira.