AVALIAÇÃO DAS PERDAS NO PROCESSO DE COLHEITA DA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR NA REGIÃO DO VALE DO IVINHEMA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n2-172Palavras-chave:
Setor Sucroalcooleiro, Tecnologia, Gestão a Vista, PlanejamentoResumo
O Brasil detém cerca de 18% de todo seu território agricultável destinado a produção de cana-de-açúcar, sua matéria prima é de grande importância econômica no país, com produções de subprodutos com alto valor agregado, como o açúcar, álcool e etanol. Alguns estados de maior extensão territorial são responsáveis por grandes produções, em larga escala, principalmente na região Centro-oeste, Sudeste e Norte do país, sendo maior destaque com 53% de todo o cultivo da cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Diante disto, com produções em larga escala, outros desafios passam a surgir, como a necessidade de cultivos dentro de aspectos tecnológicos que impeçam a ocorrência de perdas no sistema produtivo, desde o estabelecimento dos canaviais e principalmente a sua colheita e transporte, até a chagada da matéria-prima dentro do complexo industrial para transformação em subprodutos. O objetivo deste trabalho foi analisar e quantificar o percentual em perdas entre o processo de colheita e recebimento na indústria da matéria-prima da cana-de-açúcar colhida fresca na região do Vale do Ivinhema – Mato Grosso do Sul. Como metodologia foi utilizado o estudo de caso, o qual compreendeu três meses de análise. Com os dados analisados, foi possível verificar que o maior percentual em perdas ocorre para a parcela de produtores que realizam seus próprios cultivos, enviando sua matéria-prima a indústria gerando em torno 44,02% em perdas entre o total colhido e recebido. Além disto, colheitas mais distantes do complexo industrial apresentou maiores perdas em torno 9,85% em impurezas minerais e vegetais, evidenciando que o transporte possa ter influenciado no momento de recebimento.