ENTRE POSTS, LIKES E SINTOMAS: O IMPACTO DAS REDES SOCIAIS NO AUTODIAGNÓSTICO DE TDAH E TEA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-181Palavras-chave:
Autodiagnóstico, Redes Sociais, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, Transtorno do Espectro Autista, PsicologiaResumo
A partir da popularização da internet e da ampla difusão de conteúdos sobre saúde mental, especialmente após a pandemia de COVID-19, observou-se o crescimento de práticas de autodiagnóstico baseadas em informações compartilhadas nas plataformas digitais. Diante disso, o presente estudo investigou o impacto das redes sociais na percepção e no autodiagnóstico dos transtornos do espectro autista (TEA) e do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O estudo, de caráter social descritivo e abordagem quantitativa, foi realizado por meio de questionário online aplicado a 113 participantes, maiores de 18 anos, usuários de redes sociais por pelo menos uma hora diária. Embora não seja a maioria dos respondentes, os dados apontaram para um número elevado de participantes que afirmou realizar o autodiagnóstico, embora a maioria reconheça que as informações fornecidas pelas rede sociais não são suficientes para tal finalidade. Termos como “hiperfoco”, “déficit de atenção” e “hiperatividade” são amplamente utilizados, revelando a incorporação de conceitos técnicos ao discurso cotidiano. A maioria acredita que a exposição constante a conteúdos sobre TEA e TDAH pode levar à interpretação equivocada de comportamentos comuns como sintomas, considerando também que as redes sociais contribuem para a banalização desses transtornos. Conclui-se que, embora as redes sociais possam auxiliar na disseminação de informações sobre saúde mental, a forma simplificada e descontextualizada com que o conteúdo é apresentado favorece o autodiagnóstico e reforça estigmas, ressaltando a importância da avaliação multiprofissional e da responsabilidade ética na divulgação de informações psicológicas.
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