A POBREZA COMO ELEMENTO PREDISPONENTE PARA O ADOECIMENTO MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA SAÚDE DA FAMÍLIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n2-135Palavras-chave:
Saúde mental, Pobreza, Determinantes sociais da saúde, Serviço Social, Saúde da famíliaResumo
Objetivo: Refletir acerca da pobreza e sua relação com o adoecimento mental dos usuários na Atenção Básica, por intermédio de um relato de experiência. Relato de experiência: Trata-se da vivência de residentes de Serviço Social, integrante do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Família, no âmbito da Atenção Básica. Durante os dois anos de residência, diversas demandas foram postas no âmbito do Serviço Social, o adoecimento mental dos usuários advindo dos fatores sociais e vulnerabilidades territoriais, sendo a mais recorrente dentre elas. As violações de direitos vivenciadas no cotidiano da classe trabalhadora se corporificam em ansiedade, estresse, depressão, desordens alimentares, insônia, fobia social, automutilação, entre outras. Considerações finais: Percebeu-se que a pobreza se configura enquanto elemento predisponente para o adoecimento mental nas condições de vida da classe trabalhadora. Faz-se necessário, portanto, pensar a saúde mental sob a perspectiva dos determinantes sociais da saúde, de modo a avaliar não só os fatores biológicos, mas, sobretudo, os sociais, ambientais e econômicos que atuam como elementos predisponentes para o adoecimento.