GESTÃO CULTURAL REFLEXIONADA A PARTIR DE UM PONTO DE VISTA TEÓRICO CRÍTICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n8-187Palavras-chave:
Gestão Cultural, Poder Simbólico, Violência SimbólicaResumo
Este artigo tem como objetivo a reflexão crítica sobre e Gestão Cultural e seus atores e seus papeis na sociedade. Partindo da Teoria Crítica como pressuposto teórico, traz a discussão pesquisadores que corroboram para com uma análise e reflexões críticas da cultura e da sociedade, como Botelho (2016), Bourdieu (1989), Bordieu; Passeron (2018), Bourdieu; Darbel (2018), Cauquelin (2005), Chauí (2021;2024), Gaulejac (2023), Gutierrez (1988), Peixoto (2003), Rubim (2022) e Wu (2006). Esta reflexão justifica-se em função de que ao se discutir a gestão cultural é discutir sobre a sociedade e seus aspectos sócio-políticos-culturais, questões fundamentais para se refletir a pós-modernidade, trazendo luz a questões que até então apresentam-se submersas na obscuridade causada por tradições das elites que detém poder econômico e poder simbólico. Assim, discute-se além da gestão cultural e suas dimensões e implicações, o papel do gestor cultural na sociedade, enfatizando a necessidade de seu comprometimento para com a sociedade e para com a democratização legítima da cultura, como agente representante do poder popular atuando idoneamente sempre se pautando pela ética. Salienta-se a importância de desenvolver na sociedade a consciência de que ao se falar em cultura deve-se considerar a sua complexidade, assim como falar em cultura é falar sobre culturas, coletividades, públicos, etc. Conclui-se que este artigo suscita reflexões humanistas contra qualquer forma de utilitarismo neoliberal e contra qualquer forma de violência simbólica.
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Referências
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