TERRORISMO: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO CONCEITUAL UNIVERSALMENTE ACEITA

Autores

  • Bárbara Thaís Pinheiro Silva Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n8-066

Palavras-chave:

Terrorismo, Conceituação, Direito Penal Internacional, Tipificação, Construção Política

Resumo

O presente artigo tem por objetivo examinar o conceito de terrorismo, com ênfase nas diferentes interpretações atribuídas a esse fenômeno por países ocidentais. Busca-se, nesse contexto, problematizar as definições mais relevantes, identificando seus pontos de convergência e divergência. Parte-se da premissa de que o terrorismo é uma construção social e política, o que afasta qualquer pretensão de neutralidade conceitual. Diante disso, sustenta-se a importância de se estabelecer uma definição universalmente aceita, que contribua para a eficácia das estratégias de repressão e combate ao terrorismo. Ressalta-se, no entanto, que não se pretende esgotar todas as tipificações legais existentes, mas sim, por meio de uma análise sintética, destacar os principais aspectos teóricos e normativos relacionados ao tema, respeitando os limites de tempo e escopo. Para tanto, adota-se o método hipotético-dedutivo, com base em pesquisa bibliográfica, a fim de garantir rigor e consistência à investigação proposta.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALCAIDE FERNÁNDEZ, Joaquín. Terrorismo y Derecho Internacional: desarrollos normativos e institucionales tras el 11S. Madrid: Thomson Reuters / Tecnos, 2017.

BOVARD, James. Terrorism and Tyranny: trampling freedom, justice, and peace to rid the world of evil. New York: Palgrave Macmillan, 2003.

BRANT, Leonardo Nemer Caldeira. LASMAR, Jorge Mascarenhas. O Direito Internacional e Terrorismo Internacional: Novos Desafios à Construção da Paz. In BRIGAGÃO, Clóvis. PROENÇA JÚNIOR, Domício. Paz e terrorismo: textos do Seminário Desafios para a política de segurança internacional. São Paulo: Hucitec, 2004.

BRASIL. Constituição (2022). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

BRASIL. Lei de nº 13.260/2016. Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal, disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e reformulando o conceito de organização terrorista; e altera as Leis nos 7.960, de 21 de dezembro de 1989, e 12.850, de 2 de agosto de 2013.

BRASIL. Quadro legislativo de sancionamento de atos de terrorismo: da realidade europeia à de países africanos de expressão lusófona. Lisboa: Divisão de Informação Legislativa e Parlamentar (DILP), Coleção Temas, n.º 59, 12 ago. 2005

BROTÓNS, Antônio Remiro. Terrorismo, Mantenimiento de la Paz y Nuevo Orden. Disponível em: . Acesso em: 10 fev. 2022.

BRUCE, Gregor. Definition of Terrorism: social and political effects. Journal of Military and Veterans’ Health, v. 21, n. 2, maio 2013.

CASSESE, Antonio. International Criminal Law. New York: Oxfor University Press, 2003.

CERVERA, Rafael Calduch. La incidencia de los atentados del 11 de septiembre en el terrorismo internacional. Revista Española de Derecho Internacional, Madrid, v. 53, n.º 1 2, p. 173 203, 2001.

CHALIAND, Gérard; BLIN, Arnaud. Terrorism in Time of War: From War II to the Wars of National Liberation. In: CHALIAND, Gérard; BLIN, Arnaud (ed.). The History of Terrorism from Antiquity to Al Qaeda. Los Angeles: University of California Press, 2007.

CHOSSUDOVSKY, Michel. The new terrorism: fanaticism and the arms of mass destruction. 2. ed. Québec: Global Research, 2005.

COMBS, Cindy. Terrorism in 21st century. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1998.

DINIZ, Eugênio. Compreendendo o fenômeno do terrorismo. In: BRIGAGÃO, Clóvis; PROENÇA JÚNIOR, Domício (orgs.). Paz e terrorismo: textos do Seminário “Desafios para a política de segurança internacional: missões de paz da ONU, Europa e Américas”. São Paulo: Hucitec, 2004. p. 197–222.

ESPANHA. Código Penal, Ley Orgánica 10/1995, de 23 de noviembre, del Código Penal. Publicado en Boletín Oficial del Estado (BOE), núm. 281, 24 nov. 1995; vigente desde 23 nov. 1995. Sección 2: Delitos de terrorismo (arts. 571573)

ESPANHA. Sentencia 199/1987, Tribunal Constitucional, 16 de diciembre de 1987. Publicada en BOE n.º 7, 8 ener. 1988 (suplemento TC), p. 12–27. Trata de la apología del terrorismo y definición de banda armada

FORST, Brian. Terrorism, Crime, and Public Policy. 1. ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2008. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511816314

FRANÇA. Code Pénal. Version consolidée au 1er janvier 2003. Paris: Légifrance, Ministère de la Justice, 2003.

FRIEDMAN, Lawrence. Is There a modern legal culture? Ratio Juris, v. 7, nº 2, p. 117-132, 1994. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-9337.1994.tb00172.x

GUNARATNA, Rohan. Ideology in terrorism and counter terrorism: lessons from al Qaeda. In: ALDIS, Anne; HERD, Graeme P. The ideological war on terror: Worldwide strategies for counterterrorism. 1. ed. London: Routledge, 2007.

GUPTA, Dipak K. Who are the Terrorists? New York: Chelsea House, 2006.

HARMON, Christopher. Terrorism Today. London: Portland, Frank Cass, 2001.

HEYMAN, Philip Benjamin. Terrorism and America: a commonsense strategy for a democratic society. Cambridge: The MIT Press, 1998.

ITALIA. Codice Penale (Decreto Legislativo convertito ex Decreto Legge n. 438/2001, modifiche introdotte fino al 2002). Promulgato con Decreto Legislativo del 15 dicembre 2001, n. 438; pubblicato nella Gazzetta Ufficiale n. 292 del 13 dicembre 2001. Entrato in vigore il 18 gennaio 2002, con aggiornamenti incorporati fino al 2002 inclusi i nuovi reati di terrorismo internazionale, tra cui l’art. 270bis introducendo l’associazione con finalità terroristica.

LAFER, Celso. A diplomacia brasileira e o terrorismo. In: BRANT, Leonardo Nemer (Coord.) Terrorismo e Direito. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

LEVIN, Jack. Domestic terrorism. New York: Chelsea House, 2006.

LUTZ, James M.; LUTZ, Brenda J. Global Terrorism. 2. ed. London: Routledge, 2008. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203895030

MEDEIROS, Antônio Paulo Cachapuz de. O Terrorismo na Agenda Internacional. Revista do Centro de Estudos Judiciários, Brasília, n.º 18, jul./set. 2002, p. 6366.

MEISELS, Tamar. The Trouble with Terror: liberty, security, and the response to terrorism. Cambridge: Cambridge University Press, 2008. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511755989

MUNHOZ, Laertes M. Repressão internacional da criminalidade. Disponível em: Acesso em: 14 jul. 2022.

NASSAR, Jamar R. Globalization and Terrorism: The Migration of Dreams and Nightmares. Maryland: Rowman & Littlefield Publishers, 2005.

NORUEGA. Lov om straff (Straffeloven), Act No. 28, de 20 maio 2005. Promulgada 20 maio 2005; entrada em vigor parcial em 7 mar. 2008 (direito penal internacional); em vigor total em 1 out. 2015; pena máxima para terrorismo, genocídio e crimes contra a humanidade elevada para 30 anos (§ 131 combinado com § 132). Oslo: Ministério da Justiça, 2005.

ONU e o terrorismo. Nações Unidas Brasil. Disponível em: https://nacoesunidas.org/acao/terrorismo/. Acesso em: 10 fev. 2022.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Um mundo mais seguro: a nossa responsabilidade compartilhada – Informe do Grupo de Alto Nível sobre as Ameaças, Desafios e Mudanças. Apresentado ao SecretárioGeral da ONU, 2 dez. 2004. Relatório A/59/565. Genebra: ONU, 2004. 101

PELLET, Sarah. O desafio da comunidade internacional frente ao terrorismo: a ambiguidade da noção de terrorismo. In: BRANT, Leonardo Nemer Caldeira (Coord.). Terrorismo e direito: os impactos do terrorismo na comunidade internacional e no Brasil – perspectivas políticojurídicas. Rio de Janeiro: Forense, 2003. p. 9–20.

PORTUGAL. Lei n.º 52/2003, de 22 de agosto. Aprova a Lei de combate ao terrorismo (em cumprimento da DecisãoQuadro n.º 2002/475/JAI do Conselho, de 13 de junho). Diário da República, 1.ª série, n.º 193, Lisboa, 22 ago. 2003. Aprovada em 26 jun. 2003; promulgada em 4 ago. 2003; referendada em 8 ago. 2003.

PURPURA, Philip P. Terrorism and homeland security: An Introduction with Applications. Burlington: Elsevier, 2007.

RAPOPORT, David C. The Four Waves of Rebel Terror and September 11. Anthropoetics, Los Angeles, v. 8, n. 1, Spring/Summer 2002.

UUNITED KINGDOM. Terrorism Act 2000, c. 11. An Act to make provision about terrorism; and to make temporary provision for Northern Ireland about the prosecution and punishment of certain offences, the preservation of peace and the maintenance of order. Royal assent 20 jul. 2000. Reino Unido.

SAMPAIO, José Adércio Leite. Constituição e terror: uma visão parcial do fenômeno terrorista. In: BRANT, Leonardo Nemer Caldeira (Coord.). Terrorismo e Direito: os impactos do terrorismo na comunidade internacional e no Brasil – Perspectivas políticojurídicas. Rio de Janeiro: Forense, 2003. p. 151–169

SOCIÉTÉ DES NATIONS. Convention for the Prevention and Punishment of Terrorism. Geneva: League of Nations, 16 nov. 1937. LN Doc. C.546(M.383)/1937.V

TAYLOR, Robert. The History of Terrorism. Lucent Books, 2002.

UNITED STATES. Uniting and Strengthening America by Providing Appropriate Tools Required to Intercept and Obstruct Terrorism (USA PATRIOT Act) Act of 2001, Public Law 10756, 107th Cong., 26 out. 2001; 115 Stat. 272. Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office.

UNITED STATES. Uniting and Strengthening America by Fulfilling Rights and Ensuring Effective Discipline Over Monitoring Act of 2015 (USA FREEDOM Act), Public Law 11423, 114th Cong., 2 jun. 2015; 129 Stat. 268.

UNITED STATES. United States Code, Title 18 – Crimes and Criminal Procedure. Chapter 113B – Terrorism (secs. 2331–2339D). Washington, D.C.: Office of the Law Revision Counsel, codified até 2023.

WEBEL, Charles P. Terror, Terrorism, and the Human Condition. New York: Palgrave Macmillan, 2004. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4039-7872-1

Downloads

Publicado

2025-08-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

SILVA, Bárbara Thaís Pinheiro. TERRORISMO: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO CONCEITUAL UNIVERSALMENTE ACEITA. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 8, p. e7106, 2025. DOI: 10.56238/arev7n8-066. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/7106. Acesso em: 5 dez. 2025.