PREVALÊNCIA E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE DE PROTEUS MIRABILLIS EM UROCULTURAS DE PACIENTES AMBULATORIAIS ATENDIDOS EM MUNICÍPIO DO SUDOESTE GOIANO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-209Palavras-chave:
Proteus mirabillis, Infecção do Trato Urinário, Resistência Bacteriana, AntibioticoterapiaResumo
Introdução: Proteus mirabillis é uma enterobactéria Gram-negativa, que está intimamente associada a Infecções do Trato Urinário (ITU). A bactéria possui particularidade de desenvolver biofilme em superfícies sólidas, como cateteres vesicais, o que favorece sua proliferação e ascensão ao trato urinário. A bactéria é capaz de desenvolver quadros graves de ITU e apresenta resistência a resposta terapêutica a antimicrobianos de rotina para tratamento clinico. Metodologia: coleta de resultados de laudos de urocultura em pacientes ambulatoriais, no período de 2013 a 2022, no município de Mineiros/GO, para mensurar o perfil de sensibilidade e resistência a antimicrobianos de rotina para tratamento de ITU por Proteus mirabillis. Resultados e discussão: a prevalência de ITU por P. mirabillis no município de Mineiros, representa 0,29% dos exames positivos para algum microorganismo, em um total de 17.647 laudos. Os casos apresentam um crescimento nas taxas de incidência nos últimos quatro anos do estudo. As mulheres apresentam maior prevalência nos casos de ITU, devido anatomia e alterações hormonais, o estudo apresentou um percentual de 68,18% dos casos em pacientes do sexo feminino. O perfil epidemiológico de resposta aos antimicrobianos evidenciou maior taxa de sensibilidade para medicamentos da classe dos betalactâmicos como cefoxitina, ertapemem e piperaciclina/tazopactam. As quinolonas apresentaram sensibilidade intermediária no público testado. A nitrofurantoína, medicamento de primeira linha terapêutica, apresentou maior taxa de resistência antimicrobiana para os pacientes com ITU por P. mirabillis. Conclusão: reconhecer o perfil epidemiológico da população permite estratégias de tratamento adequadas, considerando a resposta antimicrobiana aos patógenos, a fim de garantir melhor condução do paciente. A pesquisa ainda possibilita educação em saúde aos profissionais quanto a região estudada.