ANÁLISE DO USO PATOLÓGICO DA INTERNET E SUA ASSOCIAÇÃO COM TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS NA POPULAÇÃO UNIVERSITÁRIA

Autores

  • Felício de Freitas Netto Autor
  • Verônica Queji de Paula Autor
  • Fabiana Postiglione Mansani Autor
  • Carolina Bacila de Sousa Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev6n2-017

Palavras-chave:

Uso da Internet, Transtornos Mentais, Estudantes

Resumo

As tecnologias da comunicação estão implicadas na revolução do modo de socialização das pessoas e em suas formas de adquirirem conhecimento. Define-se o uso patológico da internet como aquele que corresponde ao uso negligente e/ou obsessivo. Os transtornos mentais comuns (TMC) representam um importante conceito psiquiátrico para designar sinais e sintomas de insônia, fadiga, irritabilidade, amnésia, dificuldade de concentração e queixas somáticas passíveis de evolução para a incapacidade funcional. Trata-se de um estudo transversal e de abordagem quantitativa, no qual 174 acadêmicos de medicina participaram do estudo, em uma Universidade do Sul do Brasil. Foram aplicados três instrumentos simultaneamente, entre os meses de março e abril de 2024, um questionário sobre os dados sociodemográficos, um para a triagem de transtornos mentais comuns e a escala de uso problemático da internet. O nível de significância adotado foi de 5% e as análises estatísticas utilizadas foram feitas no ambiente R 4.4.1. Dos 174 participantes da pesquisa, 56,32% tinham entre 18 e 24 anos, 60,92% identificaram-se como mulheres cis e 74,14% mencionaram ser heterossexuais. A prevalência de possíveis casos de TMC foi de 72,41%. Permanecer conectado à internet por mais tempo do que deveria (p=0,01), deixar de fazer tarefas importantes (p<0,001) e perder horas de sono para mexer em redes sociais (p=0,008) são os critérios com associação, estatisticamente, significativa à classificação como possíveis casos de TMC. O uso problemático da internet, especialmente em relação ao tempo excessivo de conexão, à priorização das redes sociais em detrimento de tarefas importantes e à perda de horas de sono, demonstrou uma associação estatisticamente significativa com a classificação dos participantes como possíveis casos de TMC, refletindo uma elevada prevalência desses transtornos neste estudo. 

Publicado

2024-10-02

Edição

Seção

Articles