AVALIAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO EM IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-167Palavras-chave:
Disfagia, Deglutição, Idosos, PARDResumo
O envelhecimento provoca alterações oromiofaciais que comprometem a mastigação e deglutição, elevando os riscos de disfagia, desnutrição e pneumonias aspirativas, especialmente em Instituições de Longa Permanência (ILPs). Este estudo transversal e descritivo analisou retrospetivamente 100 prontuários de idosos (60 anos ou mais) do Instituto Lar dos Velhinhos Maria Madalena (DF), entre janeiro de 2022 e abril de 2025, utilizando o Protocolo de Avaliação de Risco para Disfagia (PARD) para investigar a prevalência, graus de severidade e comorbidades associadas à disfagia, incluindo demência, hipertensão arterial sistêmica (HAS), transtornos mentais, epilepsia, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico (TCE), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), cardiopatias e câncer. Os resultados demonstraram uma prevalência de disfagia em 33% da amostra, com associação estatisticamente significativa com demência (p=0,043), além de relações relevantes com outras comorbidades, como HAS (presente em 56% dos casos) e diabetes mellitus (36,4% dos casos com disfagia). Apesar da aplicação limitada do PARD (registrado em apenas 49% dos prontuários), o protocolo mostrou-se importante como ferramenta de triagem, reforçando a necessidade de avaliação sistemática da deglutição em idosos institucionalizados. Conclui-se que a disfagia em ILPs apresenta etiologia multifatorial, influenciada pela coexistência de diversas comorbidades, destacando-se a importância de intervenções fonoaudilógicas precoces e abordagem interdisciplinar para garantir segurança alimentar e qualidade de vida nessa população.