TECENDO A HARMONIA DAS CULTURAS NA TAPEÇARIA INFINITA DA MATEMÁTICA

Resumo

Este estudo explora a Etnomatemática como uma abordagem inovadora e transformadora para o ensino da matemática, destacando seu potencial para promover uma educação inclusiva e culturalmente relevante. A Etnomatemática desafia a visão tradicional da matemática como uma ciência neutra e universal, propondo-a como uma construção cultural que reflete as práticas, valores e necessidades de diferentes grupos sociais ao longo da história. Ao integrar as realidades culturais dos estudantes no currículo escolar, essa abordagem não apenas enriquece o ensino matemático, tornando-o mais acessível e significativo, mas também serve como um catalisador para a inclusão social e a equidade educacional. A Etnomatemática promove um diálogo entre o conhecimento acadêmico formal e as práticas culturais diversas, sugerindo que o ensino da matemática deve ser profundamente contextualizado e conectado às experiências cotidianas dos alunos. Isso transforma a educação matemática em algo mais relevante e engajador, ao mesmo tempo que valoriza e reconhece as tradições culturais que moldam as identidades dos estudantes. Essa integração é vista como uma forma de justiça social, pois desafia a hegemonia do conhecimento matemático ocidental e valoriza as contribuições de outras culturas. Para compreender como a Etnomatemática pode ser efetivamente incorporada ao currículo escolar, o estudo recorre a uma análise bibliográfica rigorosa, baseada em obras de autores renomados, como Ubiratan D’Ambrósio, Milton Rosa, e Daniel Clark Orey. Essa análise detalhada permitiu identificar as principais contribuições teóricas e práticas da Etnomatemática, bem como destacar estratégias pedagógicas que valorizam as tradições culturais dos estudantes e adaptam os materiais didáticos para uma educação matemática mais inclusiva. O estudo aponta a Etnomatemática como um caminho promissor para uma educação que respeita e valoriza a diversidade cultural, promovendo o desenvolvimento de cidadãos críticos e engajados socialmente. Essa abordagem contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as formas de conhecimento matemático são reconhecidas e celebradas.