PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE EM UMA PENITENCIÁRIA ESTADUAL

Autores

  • Thiago Martins Figueiredo Autor
  • Matheus Von Jelita Salina Autor
  • Eduardo Machado Dechandt Autor
  • Luana Martins de Oliveira Autor
  • Maria Clara da Silva Rodriguez Rivas Autor
  • Vitor Hugo Moro Pironatto Autor
  • Adriana Yuriko Koga Autor
  • Fabiana Postiglione Mansani Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n6-085

Palavras-chave:

DCNT, Pessoas privadas de liberdade, Saúde prisional, Uso de drogas, Hipertensão

Resumo

Em todo o mundo, a população carcerária total supera os 10,7 milhões de pessoas. Segundo o World Prison Brief, do Institute for Crime & Justice Policy Research, os Estados Unidos têm a maior população carcerária do mundo, com 1.767.200 indivíduos apenados (2021), seguidos pela China, com 1.690.000 indivíduos (2018). O Brasil ocupa a terceira posição, com 839.672 pessoas encarceradas (junho de 2022), representando uma taxa de 390 detentos por 100 mil habitantes. Desses, 5,4% são mulheres, sendo os homens a grande maioria da população carcerária. O Brasil possui um total de 1.384 instituições para atender essa demanda, com uma capacidade oficial de 482.875 detentos, o que representa uma taxa de ocupação de 173,9%, indicando um grave problema de superlotação no sistema prisional. Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e seus fatores de risco na população carcerária da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa. Realizou-se um estudo de coorte transversal, retrospectivo e descritivo, analisando os prontuários médicos de 407 detentos. A prevalência de hipertensão foi de 5,42%, dislipidemia 0,74%, diabetes mellitus 0,49% e uso de drogas ilícitas 37,68%. A análise estatística não revelou uma associação significativa entre o uso de drogas ilícitas e as DCNTs, embora as tendências sugiram uma relação. Os resultados indicam uma população carcerária jovem, com alta prevalência de uso de drogas ilícitas. Embora a prevalência de DCNTs tenha sido baixa, esses indivíduos estão em maior risco de desenvolver essas condições, especialmente devido aos desafios da vida prisional e ao acesso limitado a cuidados de saúde. É crucial melhorar as intervenções de saúde nessa população, o que pode ter implicações mais amplas para a saúde pública.

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Publicado

2025-06-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

FIGUEIREDO, Thiago Martins; SALINA, Matheus Von Jelita; DECHANDT, Eduardo Machado; DE OLIVEIRA, Luana Martins; RIVAS, Maria Clara da Silva Rodriguez; PIRONATTO, Vitor Hugo Moro; KOGA, Adriana Yuriko; MANSANI, Fabiana Postiglione. PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE EM UMA PENITENCIÁRIA ESTADUAL. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 6, p. 30535–30548, 2025. DOI: 10.56238/arev7n6-085. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/5740. Acesso em: 5 dez. 2025.