ÓLEOS ESSENCIAIS E EXTRATOS ALCOÓLICOS: UMA COMPARAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA CONTRA Candida spp.
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-067Palavras-chave:
Óleos essenciais, Extratos alcoólicos, Candida albicans, Antifúngico natural, FitoterapiaResumo
A crescente resistência de Candida spp. aos antifúngicos convencionais, como azóis e polienos, representa um desafio clínico relevante, sobretudo em infecções oportunistas que acometem pacientes imunocomprometidos. Esse cenário tem estimulado a busca por terapias alternativas baseadas em compostos naturais, que apresentam menor toxicidade e risco reduzido de induzir resistência. Este estudo teve como objetivo realizar uma análise comparativa da atividade antifúngica de óleos essenciais e extratos alcoólicos de diferentes plantas medicinais frente a cepas de Candida, com ênfase em Candida albicans e espécies não-albicans, como C. tropicalis, C. krusei e C. glabrata, conhecidas por sua capacidade de formar biofilmes e resistir a tratamentos convencionais. Foram revisados estudos publicados entre 2020 e 2025, envolvendo compostos amplamente utilizados na medicina tradicional. Entre os óleos essenciais investigados, destacam-se os de Melaleuca alternifolia (árvore-do-chá), rico em terpinen-4-ol, e Cymbopogon citratus (capim-limão), composto por citral e geraniol. Já entre os extratos alcoólicos, foram incluídos Syzygium cumini (jambolão), rico em flavonoides e taninos, e Ziziphus joazeiro (joazeiro), com saponinas e compostos fenólicos. Os resultados apontam que os óleos essenciais apresentaram atividade antifúngica superior, mesmo em baixas concentrações (geralmente <1%), além de expressivo efeito antibiofilme. Os extratos alcoólicos também demonstraram eficácia, embora com necessidade de concentrações mais elevadas. Acredita-se que a lipofilicidade dos óleos favoreça sua ação na membrana fúngica. Conclui-se que ambos os extratos possuem potencial terapêutico, mas os óleos essenciais, sobretudo os ricos em monoterpenos, destacam-se como alternativas mais potentes e promissoras no desenvolvimento de fitoterápicos antifúngicos, especialmente contra cepas resistentes e infecções recorrentes.