A LEI-TURA – REGRAS DESSE MUNDO (ou DA FORMAÇÃO E AS PRÁTICAS DE SI)
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-281Palavras-chave:
Leitura, Práticas de si, Subjetivação, Formação, Regimes de verdadeResumo
O artigo propõe uma problematização das práticas escolares de leitura à luz do pós-estruturalismo sobretudo as contribuições foucaultianas, compreendendo-as como tecnologias de regulação dos sujeitos e produção de subjetividades. O estudo tem como objetivos: tensionar a leitura enquanto objeto de regulação escolar, considerando seus efeitos de normalização; discutir os discursos que a constituem como verdade e seus efeitos na formação do sujeito; e propor deslocamentos conceituais que favoreçam a compreensão da leitura como prática de si, implicada na constituição de subjetividades ético-políticas. A abordagem metodológica é qualitativa, com caráter bibliográfico, centrada na análise de autores que discutem a partir dos conceitos filosóficos outros aspectos, como a leitura, por exemplo, tomando como base os conceitos de práticas de si e subjetivação. A análise evidencia que a leitura, longe de ser uma prática neutra, está implicada em regimes de verdade que atuam na normalização dos sujeitos escolares, ao mesmo tempo em que oferece possibilidades de resistência e reconfiguração ética da subjetividade.